As vítimas foram identificadas como Sávio de Oliveira Vitipó, de 19 anos, Mateus Bitencourt da Silva, 18 anos, Patrick da Silva Diniz, Matheus Barauna dos Santos, 18 anos e Marcus Jonathas, de 17 anos.
Segundo investigações, os jovens tinham acabado de chegar de um show de rap e estavam na área de convivência do condomínio quando foram alvos de disparos por dois homens que estavam em uma moto. Das vítimas, apenas um não morava no condomínio e nenhum deles tinha antecedente criminal.
O meu filho deixou amigas em casa e veio cumprimentar alguém. Chegaram dois homens, mandaram eles deitarem no chão, deram um tiro na cabeça de cada um e saíram gritando “Aqui é milícia e vamos voltar”. Uma testemunha viu tudo — contou July Mary Silva, de 34 anos, mãe de Marco Jonathan, ao Jornal Extra.
“O Sávio trabalhava em rodas de hip-hop com a gente aqui. Era uma atividade de lazer e conscientização, uma forma de trazer a juventude para a cultura. Eles mesmo articulavam e o objetivo da secretaria era dar suporte” disse o Secretário de Direitos Humanos e Participação Popular de Maricá, João Carlos Birigu.
Em nota, a prefeitura de Maricá declarou que:
"A prefeitura vê com indignação a ocorrência de qualquer crime na cidade diante dos esforços que vem sendo empreendidos no sentido de melhorar a segurança da população. No caso do residencial Carlos Marighella, em Itaipuaçu, consideramos a situação inadmissível justamente pelo fato de o município vir atuando muito para levar serviços e cidadania a todos os moradores, uma ação institucional permanente de geração de trabalho e renda. Neste sábado realizada uma importante atividade vinculada ao ensino gratuito para jovens e adolescentes e nos últimos meses escolas e postos de saúde foram agregados aos dois residenciais do Minha Casa, Minha Vida, que são abertos e funcionam como qualquer outro bairro da cidade. A prefeitura decretou luto oficial de três dias, está acompanhando as investigações e cobrará providências para que o caso seja esclarecido rapidamente pelas autoridades policiais. Vamos também redobrar os esforços em termos de ações sociais que melhorem a vida de todos os que ali foram residir”.
Casos como esse de mortes violentas demonstra que estamos em um período em que se acirram as desigualdades e a violência em decorrência das piores condições de vida, e um aumento das mais diversas formas violência, principalmente entre a juventude negra, por parte do Estado que podem ser aprofundadas pelos ataques dos capitalistas e do governo golpista de Temer. Ataques aos quais devemos resistir para que não tirem mais suor e sangue da juventude e dos trabalhadores.
fonte da foto: O Dia
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