O governador do estado da Bahia, Rui Costa anunciou na última sexta-feira, dia 16, que quer ampliar o número de colégios militares nos municípios baianos, segundo o governador, as escolas comandadas pela Polícia Militar têm um desempenho melhor do que os outros colégios estaduais. Ao saber da notícia, o Movimento Brasil Livre da Bahia (MBL-BA), elogiou o governador, e ironizou sua postura dizendo que ele se aliaria ao movimento.
Rui Costa disse ainda, na última semana, que achava que o PT deveria “virar a página” em relação ao golpe institucional que tirou a presidenta Dilma do poder, o que gerou uma resposta de Gleisi Hoffmann, que disse que “discorda, mas respeita” as opiniões do governador. Guilherme Boulos, dirigente do MTST e pré-candidato a presidente pelo PSOL criticou a medida de militarização das escolas de Rui nas redes sociais: “Inaceitável! Governador petista da Bahia repete tucanos de Goiás e quer militarizar as escolas”.
Diante da intervenção militar no Rio de Janeiro implementada pelo golpista Temer, da condenação de Lula e de uma série de ataques que vêm definindo um aprofundamento do golpe institucional, o PT mostra sua incoerência ao não armar a população desde os sindicatos que dirige contra todas essas medidas e abarcar em seu partido um governador que quer reforçar a militarização, fazendo escolas comandadas pela polícia militar enquanto atesta a incompetência do seu governo em ministrar escolas públicas de qualidade.
Enquanto Marielle Franco, militante e vereadora do PSOL é executada por tomar a decisão de não se clara frente aos absurdos da intervenção militar no Rio, que vem para aprofundar ainda mais o genocídio da população preta e periférica, o PT cumpre um papel nefasto onde é governo e usa os sindicatos que comanda para incitar lutas apenas como “ameaças” para conseguirem fazer acordos por cima no parlamento. Nem mesmo com a retirada de Dilma do governo e a condenação de Lula o PT arma a população para a luta, isso porque este partido sempre governou para os de cima e tem mais medo da força que a mobilização traz aos trabalhadores do que qualquer medida que seus opositores à direita possam fazer no congresso.
No entanto, ainda é necessário fazer a exigência de que os sindicatos saiam do imobilismo, que a APEOESP some forças com os professores em greve do município de São Paulo, que se somem aos atos em repúdio à morte de Marielle e à luta pela retirada das tropas do Rio de janeiro ao invés de usar os estados em que governa para instalar escolas comandadas pela polícia mais assassina do país.
|