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GREVE DE PROFESSORES
Acampamento da greve começa na República-SP
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Nesta tarde de quarta-feira iniciou-se na Praça da República, em frente da Secretaria Estadual da Educação, um acampamento de professores. Esquerda Diário esteve fazendo a cobertura do início do acampamento, que até o final da tarde ainda estava em processo de formação, montavam-se tendas que iriam servir para acolher os professores que fariam vigílias nos próximos dias.

Entrevistamos Luciana Machado, professora da rede pública na Zona Oeste de São Paulo que esteve no início do acampamento.

ED: Como surgiu a ideia do acampamento?

Luciana: Inicialmente, a direção do sindicato fez a proposta na última assembleia de uma vigília que se iniciaria na quinta-feira, amanhã. No entanto, hoje no início da tarde, recebemos a proposta da Apeoesp via mensagem de celular do acampamento se iniciar hoje. Como pudemos perceber, a própria base dos professores, que começou a se organizar bastante nas regiões, através de comandos de greve e com passagens nas escolas e atos, está tendo força cada vez mais para impor ritmos de maior radicalização na greve. O sindicato foi obrigado a responder, visto o grande descontentamento da categoria com a direção de Bebel e sua política.

ED: Como será o plano dessa iniciativa? Os professores trarão barracas para ficar na república por vários dias?

Luciana: Na realidade, a direção majoritária da Apeoesp lançou essa proposta hoje mesmo, sem qualquer preparo na categoria, de forma bastante aventureira. Até o meio da noite desta quarta-feira, se iniciou bastante esvaziado, com a presença apenas de alguns diretores do sindicato. Porém, sentimos sim dentre os professores em greve uma vontade de chamar a atenção da população para nossa greve, conquistar o seu apoio e colocar o governo contra a parede. Principalmente porque este está completamente intransigente, se negando a negociar conosco, de forma totalmente autoritária. Penso que pode ser uma iniciativa que essa base mobilizada encampe, sem no entanto esvaziar as importantíssimas atividades regionais que estão já sendo feitas, como atos, panfletagens à população, conversa com professores ainda em aula e alunos, etc. E que pode sim durar, com barracas e atividades.

ED: Você pretende participar do acampamento? Como se combina essa iniciativa com a mobilização nas escolas?

Luciana: Creio que deve ser uma medida de força bem avaliada com o conjunto dos colegas. Pretendo discutir com eles nos comandos de greve e nas escolas para avançarmos conjuntamente quais serão as políticas que levaremos, inclusive colocando sim o acampamento como uma possibilidade já colocada, e que pode ser uma alternativa. Sendo construído pela base dos professores, e não só como uma proposta vazia da direção do sindicato, participarei sim. Mas, claro, isso deve se combinar com a construção da própria greve, que acontece de fato a partir da mobilização nas escolas, comunidades, etc. E nesse sentido, procuraremos manter vivas as atividades regionais, ao passo em que dividimos as crescentes forças entre os companheiros para manter o acampamento.

 
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