Os professores da cidade de São Paulo estão em greve contra o SAMPAPREV, plano de reforma da previdência que o prefeito Dória e sua base aliada buscam aprovar na Câmara Municipal até o final de março. A greve dos professores foi votada no dia 8 de março, quando também a categoria, majoritariamente feminina, compôs a manifestação pelo dia internacional de luta das mulheres indo às ruas com mais de vinte mil trabalhadores.
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O objetivo da prefeitura de Dória é fazer o que o golpista Temer não conseguiu a nível nacional. Quer aprovar uma reforma previdenciária que retira a isenção dos aposentados e pode chegar a descontos de 19% dos salários dos servidores e, assim, serve de exemplo a todo o país de que a crise deve ser paga retirando ainda mais direitos e atacando as condições de vida dos trabalhadores.
Dória, o prefeito empresário, que vive da exploração dos outros e que não depende de um salário de trabalhador para sobreviver, quer retirar o direito justo daqueles que passaram a vida trabalhando, enquanto ele e os demais políticos seguem com seus privilégios intocáveis, cumprindo a agenda dos capitalistas.
Em suas entrevistas Dória ataca o direito à greve dos professores, afirmando que sua manifestação em nada diz respeito à educação, numa tentativa de jogar a opinião pública, sobretudo de pais e alunos, contra a luta legítima que está em curso. Ora, como a educação pública terá qualidade se um de seus pilares, os professores e trabalhadores da educação, não têm seus direitos assegurados? A greve dos professores representa um projeto em defesa da educação, que a prefeitura despreza e, junto ao seu partido, o PSDB, ataca por décadas em todo o Estado de São Paulo.
É necessário que o conjunto dos trabalhadores e população pobre apoie a luta dos professores de São Paulo para que o exemplo dado aos golpistas seja de uma derrota em relação às suas reformas da previdência, essa luta pode fortalecer a classe trabalhadora contra os governos, judiciário arbitrário e altos empresários que estão avançando no golpe institucional e retirada de direitos democráticos elementares, como mostra a absurda intervenção no Rio.
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