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PORTO ALEGRE
Desmascarando 8 mentiras patronais para defender o aumento da passagem do ônibus em Poa
Adaílson Rodrigues
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1. Custo de operação
As empresas não cumpriram nem a planilha aprovada ano passado pelo COMTU.

Com as reduções de linhas e horários, toda a economia se converteu em lucro para as empresas.

2. Salário da categoria
A categoria dos rodoviários é apontada todos os anos como vilã da tarifa, mas a cada ano a defasagem salarial é maior.

Nos últimos 20 anos o salário médio do motorista caiu de 5 salários mínimos para menos de 3, enquanto a tarifa subiu a números assustadores para a maioria dos trabalhadores que usam o transporte público.

3. Renovação da frota
Em 2017, Marchezan ampliou o prazo para a circulação dos coletivos de 10 pra até 13 anos, no caso dos articulados.

Cerca de 70% dos veículos adquiridos após a licitação em 2016 são de carros sem ar condicionado e, até hoje, carros antigos são pintados para rodarem nas ruas.

4. A meia passagem prejudica as empresas
A meia passagem foi tema da campanha eleitoral que reelegeu José Fortunati. Desde lá, todos os anos, a planilha tarifária foi calculada levando em conta esse ponto.

Talvez as empresas esperassem mais da gestão Fortunati pra seus negócios, mas as jornadas de junho de 2013 deram outros tons na luta por um transporte público que atendesse às necessidades do povo da cidade e talvez por isso hoje retiram a segunda passagem.

5. As empresas estão no vermelho
Isso é o que dizem os empresários do transporte na cidade.

A verdade é que ninguém sabe quais são os reais lucros das empresas, pois a caixa preta é intocável, e a somatória dos benefícios fiscais, subsídios variados, menos os custos, são desconhecidos pela maioria da população.

O TCE em 2013 deu algumas informações sobre o lucro das empresas, que em alguns casos somavam 19 por cento, mas acabou sem levar adiante as investigações.

6. Se não aumentar a passagem as empresas podem demitir
As empresas ja demitem trabalhadores desde sempre, e ficaram ainda mais a vontade após Marchezan autorizá-las a reduzirem linhas e horários.

Foram centenas de colegas prejudicados nos últimos meses, com demissões e acordos que só lesaram os trabalhadores.

Agora voltam seus olhos para os cobradores, os colocando como possíveis redutores da tarifa caso votem pela sua futura extinção.

7. As isenções somam 35% da tarifa e isso inviabiliza qualquer operação
Assim como a segunda passagem "gratuita" e o passe escolar, as isenções também fazem parte dos cálculos dos custos das empresas, e por muitos anos isso não parecia incomodar as empresas, mas após a implantação do TRI, os idosos e demais isentos viraram alvos dos empresários do transporte.

8. Esse aumento é de apenas 25 centavos
Não, esse aumento não é de 25 centavos apenas.

São milhares de pessoas viajando todo dia, pagando 25 centavos a mais na tarifa, sem qualquer retorno na qualidade do transporte.

São milhares de famílias que pagam passagem em dinheiro, que mantém filhos na escola e que recebem o mínimo de salário, onde cada centavo, ao final do mês, faz muita diferença.

 
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