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TRIBUNA ABERTA
O mundo do trabalho das mulheres e a importância da luta feminista
Evandro Ribeiro Lomba
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IMAGEM: Reuters

Os movimentos feministas, através de diversos fatos históricos ao longo tempo, buscam uma transformação do papel de muitas mulheres de diversas culturas, etnias e opções sexuais para uma forma mais igualitária em um mundo capitalista, dominador e centrado na figura do homem. A compreensão desses fatores é primordial para uma luta de classe mais unificada contra as imposições do capital monopolizador de escala global, além de uma valorização de todas as mulheres em nossa atualidade.

São evidentes as formas de opressões vividas por mulheres em nossa sociedade atual. Podemos listar algumas, se vocês melhor preferirem: Salários que não são equiparáveis com os dos homens (fazendo um movimento de total desqualificação da força de trabalho feminina no mundo do trabalho), condições de assédios dentro e fora da esfera do labor, dupla ou até tripla jornada, em que, além do trabalho formal, as mulheres cuidam das atividades domésticas e da criação de seus filhos (com a adição, é claro, da gestação que é uma característica somente feminina). Vejamos que, através de longos anos, perpetua-se uma cultura machista e escravocrata em nosso país, cuja figura feminina é vista como subordinação sexual e material para homem. E que a tentativa de um determinismo biológico tenta justificar algo que é injustificável como aquela clássica frase de “mulher, o sexo frágil” e por aí vai...

O capital em sua fase denominada de “flexível”, que através de métodos de “gestão de qualidade” intensificam da forma mais nefasta o trabalho das mulheres, tendo em vista que no cenário industrial e de serviços contemporâneos, um contingente de trabalhadoras ocupam o labor precarizado, terceirizado, parcelar e fragmentado das linhas de montagem e de qualquer outra atividade ligada a esfera de serviço. Desse modo, sofrendo um processo brutal de alienação do trabalho que, como no pensamento de Marx: “internaliza na alma do trabalhador (a)” (adaptado).

Tendo outra parcela desse contingente, observa-se as mulheres com um maior nível de escolaridade (o qual vem crescendo continuamente, basta olhar para o lado de sua sala na universidade ou qualquer curso e ver quantas mulheres e homens estão presentes), pois, através de um rompimento do paradigma cultural (aquele em que a mulher só pode ficar em casa), estão saindo às ruas e tomando uma forte consciência do seu papel político, ideológico e trabalhista dentro do sistema capitalista. Assim, visando ocupar cargos de liderança e melhores condições de vida e salarial.

É nessa questão que o movimento feminista é tão importante não só para conscientização das mulheres para uma luta contra um machismo naturalizado pelo sistema capitalista em nosso país e também no mundo, mas para uma crescente luta contra o capital e suas formas mais adversas de exploração de toda a classe-que-vive-do-trabalho.

As técnicas de “sindicalismo empresarial”, “colaboração” e “relação amistosa entre empregado e empregador” tentam fragmentar todo e qualquer movimento de luta de classe. Principalmente o feminista, pois a lógica empresarial tentar impor formas/regras as quais a competitividade, a individualidade e as diversas formas de etnias, raças, crenças, femininas são inferiores, ou seja, não possuem voz! Fazendo com que toda e qualquer mulher esteja subordinada aos dizeres do homem e da lógica metabólica do capital.

Por isso, deve ser crescente a luta feminista! Para conscientizar e emancipar todas as mulheres trabalhadoras (seja operárias, domésticas, administradoras, professoras, estudantes, negras, brancas, morenas e de toda variação capilar possível e impossível!) das mazelas impostas pela lógica do capital que explora, aliena, precariza, assedia e mata mulheres! E que isto, consequentemente, deve visar seus próprios interesses de igualdade e valorização por toda e qualquer atividade. Além, é claro, de reverter o quadro cultural do machismo escravocrata presente em nossa nação!

Trabalhadoras, uni-vos!

 
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