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RIO GRANDE DO SUL
Turmas e escolas fechando no RS: é preciso preparar uma grande luta unificada e parar o RS!
Diego Nunes
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Ronald Krummenauer, secretário da educação do RS em entrevista polêmica à Zero Hora, nessa semana, debocha das famílias evadidas da escola dizendo que tem havido pouca procura devido a redução na taxa de natalidade nos últimos anos. Então temos um estado que está investindo de mais em educação? Essa é a mensagem que o secretário quer passar? A cara de pau é impressionante. Num estado que fecha escolas e abre mais e mais presídios, qual é destino dos nossos jovens pobres sem oportunidade de estudar e trabalhar?

Inúmeras turmas, turnos e escolas inteiras foram fechadas. Ao mesmo tempo houveram pais apreensivos e alunos em frente as escolas, como na Escola Luiza Lauffer em Porto Alegre onde foram fechadas as turmas das séries finais do Ensino Fundamental. Esse é apenas um exemplo entre inúmeros outros. A verdade é que muitas crianças e adolescentes ficarão fora da escola este ano, numa margem invisível da sociedade.

Krummenauer quer também professores que trabalhem de graça, afirmando que buscará professores inativos e possíveis voluntários para suprir a falta. Já não bastasse toda a humilhação por que passa o magistério gaúcho com salários parcelados, arrocho de 3 anos sem reajuste, condições precárias de escolas onde chove nas salas de aula, ou onde a estrutura da escola ameaça desabar sobre alunos e professores, o fanfarrão do secretário se cobre de óleo de peroba para dizer que vai buscar quem queira trabalhar de graça nessas condições. Sartori tentou ano passado durante a greve, mais nenhum professor se candidatou para trabalhar de graça, como voluntário. Proposta indecente essa aliás.

Além de tudo isso o secretário acena para a iniciativa privada, à fim de cumprir a reforma do Ensino Médio e girar a educação pública para mera produção de mão de obra a serviço dos capitalistas.

Não há outro caminho senão a luta, a resistência por educação pública de qualidade e que esteja sob controle das comunidades, dos alunos, professores e a serviço do povo trabalhador e pobre. É preciso levar a cada local de trabalho este debate e exigir dos sindicatos e das centrais sindicais um plano de lutas consequente, capaz de barrar os ataques impondo que os ricos paguem pela crise. Que coloque em cheque as estruturas dessa sociedade dos ricos. Por uma frente única de professores, estudantes, trabalhadores de distintos setores para construir desde cada local de trabalho e estudo uma luta que se torne uma grande causa popular para parar o estado do RS e o país.

 
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