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ECONOMIA
PIB cresce a 1% em 2017, segundo IBGE, e jornais otimizam economia para investidores
Matheus Correia

Pesquisa do IBGE aponta que PIB do Brasil cresceu 1% e jornais otimizam economia para investidores. Para quase todos os brasileiros isso não muda em nada

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Após pesquisa que saiu hoje do IBGE, o PIB do Brasil cresceu 1% alcançando o valor de 6,6 trilhões e encerrando 2 anos de recessão. Contudo, não podemos falar do fim da crise econômica como dizem os jornais, muito menos em uma melhora na vida da população de conjunto.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o PIB (Produto interno Bruto) avançou 1% no ano de 2017, que encerrou o quarto trimestre com alta de 2,1% em comparação com o mesmo período do ano de 2016. Esse crescimento foi sustentado principalmente pelo aumento do consumo das famílias que corresponde a 63,4% do PIB, incentivado pelo saque do FGTS inativo. Outro que se destacou foi o desempenho do agronegócio, que avançou 13% em 2017, em função da supersafra de milho (55,2%) e soja (19,4%).

Ainda assim, o setor de serviços cresceu apenas 0,3% e a indústria manteve-se estável 0,0%. Além disso, o crescimento de 1% não é capaz de fazer a economia voltar ao patamar pré-crise em que o PIB caiu 3,5% consecutivamente em 2015 e 2016. De certa maneira, não é um crescimento que se sustenta no médio prazo, por envolver fatores mais aleatórios como a supersafra e o saque do FGTS.

Demonstração desse fato é a queda na Formação Bruta de Capital Fixo (indica o nível de investimento na produção) que recuou 1,8% puxada pela queda na construção e a queda do consumo do governo em 0,6% que já indica a queda nos investimentos públicos.

Apesar do possível alarde da burguesia e da mídia golpista, a melhora do PIB nem de longe indicam uma melhora da crise no Brasil. Prova disso é a taxa de desemprego que teve uma queda ínfima no final do ano de 2017 puxada somente pelo incrível aumento do emprego informal, que alcança níveis recordes. O governo golpista quer precarizar cada vez mais as condições de trabalho do conjunto da população, o aumento do trabalho informal vem nesse sentido e se aprofunda com a reforma trabalhista e a proposta de reforma da previdência.

 
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