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INTERVENÇÃO FEDERAL
Jout Jout, nós temos uma sugestão do que fazer sobre a intervenção federal no RJ
Maré
Professora designada na rede estadual de MG
Pedro Cheuiche
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Imagem: www.uai.com.br

Essa semana a youtuber carioca, Jout Jout, lançou um novo vídeo “rindo de nervoso” das últimas cenas da política nacional com a intervenção federal no RJ, uma medida repudiante do golpista Temer, que serve para colocar uma cortina de fumaça sobre o tema da reforma da previdência e para oprimir ainda mais os moradores das favelas do Rio, a maioria negros e negras, que mais sofrem com a profunda crise no estado governado por Pezão em benefício dos empresários. A gente também ri de nervoso, Jout Jout, seguimos acompanhando os episódios dessa série trágica e temos uma sugestão sobre o que fazer, que passa por organizar a juventude junto aos trabalhadores, pra mudar esse cenário.

No vídeo intitulado “POR QUE ESTAMOS PREOCUPADOS?” explica do que se trata a intervenção federal no RJ e chama atenção particular para a fala do general Eduardo Villas Bôas: “Militares precisam ter garantia para agir sem o risco de surgir uma nova ‘comissão da verdade’“. Também viemos denunciando esse absurdo descarado. Citando um vídeo do youtuber Spartakus Santiago intitulado “INTERVENÇÃO NO RIO: Como sobreviver a uma abordagem indevida (feat. AD Junior e Edu Carvalho)” analisa como as intenções do general são as de intensificar a ocorrência de casos Amarildo e Rafael Braga, e as consequências dessa intervenção pesarão sobre os corpos pobres e negros.

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Por fim, a carioca aconselha todos os espectadores a seguirem acompanhando os próximos episódios, já que desconhecer o cenário não ajuda a revertê-lo, e assume que também não sabe o que fazer (passeata? petição? pressão no governo?), lançando um chamado para que a família Jout Jout sugira e se organize.

Nós, que nos organizamos no Movimento Revolucionário de Trabalhadores - MRT, junto à juventude Faísca, temos uma sugestão do que fazer

Como dissemos, compartilhamos da indignação de milhares de brasileiros de todos os estados com mais essa medida de Temer, que não só se soma a uma lista de ataques que os golpistas querem impor como a PEC do teto de gastos e as reformas trabalhista e da previdência, mas que caracterizamos como uma continuidade do golpe institucional, que se seguiu anteriormente com a condenação arbitrária de Lula - um ataque ao direito democrático da população decidir em quem votar.

Carolina Cacau, professora da Rede Estadual e estudante da UERJ comenta a Intervenção

Por isso exigimos das centrais sindicais, principalmente as gigantes CUT e CTB – dirigidas por PT e PCdoB, respectivamente – que convoquem e organizem uma greve geral já contra a intervenção federal no RJ, assim como contra a reforma da previdência e pelo direito de povo decidir em quem votar. É preciso superar a imobilidade e abandonar as estratégias de conciliação com os empresários e os golpistas e de “pressão parlamentar”, que secundarizam a luta de classes. Para expulsar as tropas do RJ é preciso parar o país de verdade, com organização desde a base em cada local de trabalho e estudo, pois essa já se mostrou, em Abril de 2017, ser a única forma de incomodar suficientemente os capitalistas e seus políticos e juízes, extremamente privilegiados.

A juventude, que hoje sofre com o desemprego, o desmonte da educação, a falta de lazer, a perseguição e morte aos negros, temos o direito ao nosso futuro arrancado a cada dia que avança a direita e o judiciário. Mas a cada dia que respondemos, atuando junto aos trabalhadores que já mostraram disposição de luta, fazemos tremer todo o país. Por isso também cabe à União Nacional dos Estudantes – UNE estar em cada escola e universidade organizando desde a base a juventude que vem mostrando desde 2013 o potencial de ser a faísca de um novo incêndio.

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Não podemos passar do debate da Intervenção sem tocar no tema de fundo que ao fim e ao cabo é sua maior justificativa: A guerra contra o tráfico ou a Guerra às Drogas. Uma guerra que tem mais de 40 anos, e não houve país do mundo ou local onde o uso e a venda de drogas tenha sido erradicado, e por mais que a policia, o Exercito, o BOPE, o Core ou qualquer força repressiva invada os morros para fazer grandes operações, com muitas apreensões, tiros, mortos, presos e quase sempre, inocentes mortos (quase sempre negros), o tráfico nunca se desmantelará assim. O motivo é muito simples: os verdadeiros traficantes, os fornecedores, não estão nos morros, e sim nas zonas ricas das cidades, em seu jatinhos e helicocas, onde não há invasões de domicilio, tortura e assédio em mega-operações midiáticas.

A unica forma de erradicar essa guerra e desmantelar o tráfico é a legalização irrestrita de todas as drogas. Além disso acabar com os autos de resistência, uma garantia de impunidade para a polícia matar nas favelas, e também o fim dos julgamento de policiais e militares infratores em tribunais militares, que praticamente legalizam os abusos, mortes e torturas nas favelas.

Além indignados, somos organizados com o objetivo fim de construir um mundo sem classes, sem racismo e sem intervenções como essa, o que é impossível nessa democracia burguesa e sob as regras do jogo do sistema capitalista. Para isso precisamos levar aos limites da democracia burguesa nossa luta em defesa dos trabalhadores e oprimidos, impondo pela luta uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que revogue as reformas, nos devolva o livre direito ao voto e radicalize a experiência democrática dos trabalhadores, pois são eles os que carregam o embrião desse novo mundo

 
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