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IDADE DAS TREVAS
Denúncia: professor de teologia da PUC-SP defende casamento de garotas aos 14 anos

Teologia é uma matéria obrigatória em todos os cursos das Pontifícias Universidades Católicas do Brasil e do mundo e, em pelo menos uma turma, o primeiro semestre é uma verdadeira apologia às praticas cometidas Idade Média. O caso ocorreu na PUC de SP.

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Tão logo chegaram à universidade, os estudantes tiveram de ouvir de um dos professores que leciona a disciplina no primeiro semestre de 2018 que “era bom para as mulheres casarem-se aos 14 anos”, pois os jovens tinham vida sexual ativa e, inclusive, “transavam mais do que vocês”! E por isso, seriam mais comportados socialmente, visto que gastavam suas energias com as relações sexuais, ao contrário dos jovens de hoje, que têm muita energia acumulada e se comportam mal.

Quase uma apologia ao estupro, na medida em que os casamentos na Idade Média eram arranjados e, muito provavelmente, as mulheres não poderiam dizer “não” aos seus maridos quando estes últimos quisessem uma relação sexual não consentida. As mulheres eram propriedade de sua família e de seus maridos, objetos sexuais e reprodutores.

O professor também argumentou contra a definição de Idade Média como “idade das trevas” alegando que não se pode chamar de “obscurantista” o papa que criou a primeira universidade, que era essencialmente um grupo de estudos de direito romano e direito canônico do qual não participavam mais que uns poucos filhos da elite feudal, diga-se de passagem; segundo o professor, isto seria democratizar o conhecimento.

Ironicamente, o próprio professor lembrou à turma de bons motivos para definir a Idade Média como Idade das Trevas ao afirmar que as mulheres tinham filhos aos 15 anos porque a expectativa de vida então era de 30 e, quando seus maridos estivessem morrendo, suas filhas estariam tendo filhos.

O Iluminismo parece não ter chegado à PUC, cujos estatutos ainda vêm do Vaticano, que impõe a continuidade de barbaridades como essas onde supostamente haveria um polo de conhecimento, da ciência e das conquistas civilizatórias da humanidade.

Os estudantes ainda irão varrer esse estatuto reacionário e jogá-lo na lata de lixo da história ao qual pertence, e democratizar de fato o conhecimento, estatizando a PUC sob controle e gestão coletiva dos que nela estudam e trabalham.

 
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