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INTERVENÇÃO FEDERAL NO RJ
Exército quer mais armas e carros para aumentar a repressão no Rio
Maythê Rocha

Militares prevêm mudanças nas equipes e estratégias contra o tráfico no Rio, porém sabemos que o combate ao crime organizado e a segurança pública nunca foram as verdadeiras preocupações do governo.

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IMAGEM: CARLA DE SOUZA/ AFP

Segundo o Exército, para reduzir os índices de violência no estado, é necessário antes de tudo recuperar a estrutura policial do Rio, este seria um desafio a ser cumprido no período da intervenção federal, com a compra de novos equipamentos como armas e carros para atender às antigas queixas de falta de estrutura, porém essas reivindicações vinham esbarrando na redução de verbas.

Nomeado pelo presidente Michel Temer (MDB), o general Walter Souza Braga Netto, que está no comando da segurança, afirmou que pretende restabelecer a capacidade operativa da polícia para além de reformar as equipes e estratégias de combate à criminalidade.

A alta cúpula do exército tem consciência que a Intervenção federal não tem como objetivo combater o crime, mas sim de atender a vontade eleitoral de Michel Temer. No entanto, para atuar, tem pedido inúmeras condições que são comparáveis à licença para violar os direitos dos pobres, negros e moradores das favelas do Rio.

O Orçamento que vai custear a intervenção federal no Rio ainda não foi definido pelo governo golpista. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta (21) estar trabalhando na viabilização de um empréstimo próximo de R$ 1 bilhão ao Rio.

A última compra de veículos pelos militares foi em 2014, mas a PM espera herdar até abril, os resultados de um pregão eletrônico de janeiro para adquirir 290 veículos (com investimento previsto de R$ 18,8 milhões), que serão colocados no policiamento preventivo.

Equipamentos estes que serão utilizados para reforçar a repressão nas favelas e intensificar os ataques aos trabalhadores e a juventude que é contra essa intervenção absurda que ocorre no estado, ou seja, não se trata de Segurança Pública, trata-se de uma preparação para utilizar o exército contra o próprio povo, e é por isso os trabalhadores devem se opor à essa realidade.

Além do reforço de equipamentos, o exercito propõe também que sejam feitas trocas nas equipes militares, como a nomeação de novos comandantes para as duas polícias que já serão definidos até a semana que vem. também será feita a troca de comandos de batalhões, policiamento de área e delegacias, estas devem acontecer posteriormente.

Se antes a desculpa para a falta de financiamento de novos equipamentos do Exército era a crise do estado do Rio de Janeiro (criada pelos capitalistas, que vem sendo descarregada nas costas dos trabalhadores e do povo pobre e negro das maneiras mais brutais possíveis), agora com os novos desafios dos militares no Rio, o suporte financeiro será fundamental para a continuidade da intervenção.

Trata-se de uma intervenção das forças repressivas sobre a política do Rio de Janeiro com poderes imensos, que superam meras operações locais dos militares, que em si já são gigantescas.

O Exército é treinado para matar, violentar e oprimir pobres, negros, índios, mulheres e crianças periféricas. Nas favelas, a repressão visa manter a população confinada, sob o terror das polícias e do crime, prisioneiras de guetos, impedidos à liberdade e ao usufruto da vida. É um sistema brutal de dominação, repressão, perseguição e guerra.

 
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