Imagem: acritica.com
Segundo um artigo publicado ontem (21/2/2018) na revista Science Advances escrita pelo brasileiro Carlos Nobre, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e o estadunidense Thomas Lovejoy, da Universidade George Mason, caso a Amazônica perca mais 20% de sua área para o desmatamento ela deixaria de ser uma floresta e passaria a ser uma savana.
“Nós acreditamos que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de incêndios florestais indicam um tipping point, um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%”
Isso ocorre devido a descoberta de que as florestas interferem no regime de chuvas, na Amazônia metade das chuvas ocorrem devido a umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores). Perdendo muitas arvores a floresta produz menos chuvas, ocorrendo mais incêndios, após o fogo surgem gramíneas onde era floresta, como resultado a floresta se transforma em savana ou serrado.
A primeira estimativa da Amazônia se transformar em savana foi feita em 2007 e concluiu que o valor seria 40% de desmatamento, o cálculo foi feito usando somente o desmatamento se somarmos outros fatores como incêndios e aquecimento global essa margem diminui consideravelmente.
Segundo o artigo da “Science Advances” para a Amazônia continuar sendo uma floreta são necessários zerar o desmatamento e uma política de reflorestamento, difícil de acontecer com esse governo golpista que deu até desconto em multa por crime ambiental buscando apoio dos ruralistas.
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