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Rio de Janeiro
Criança é baleada nas costas a caminho da igreja
Gi Maria
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Na noite desta quarta-feira, dia 7, apenas um dia depois de um adolescente e uma criança serem mortos no Rio de Janeiro, uma criança de apenas 4 anos de idade foi baleada nas costas a caminho da igreja em São Gonçalo, na região metropolitana. O menino se chama João Pedro Soares da Costa, mora na Favela da Linha no bairro Rio do Ouro e estava indo para a igreja acompanhado de seu pai quando foi atingido.Não havia confronto ocorrendo nas imediações e segundo a versão da polícia, um carro com vidros fechados e faróis apagados entrou na comunidade e traficantes que controlam o acesso ao local teriam disparado contra o carro, uma das balas teria então atingido o menino que segue internado em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo Pediátrico.

Na mesma comunidade, no último sábado, Elias da Silva Barboza, de 85 anos morreu durante um confronto entre policiais e ocupantes de um caminhão, suspeitos de envolvimento em roubo de carga. Na terça-feira, dia 6, Emily Sofia Marriel, de 3 anos foi baleada durante uma tentativa de roubo na Zona Oeste do Rio, também na terça-feira, Jeremias Moraes da Silva de 13 anos foi morto no Complexo da Maré durante uma operação da Polícia Militar quando voltava do futebol.

A guerra às drogas, que na verdade é uma guerra à juventude negra periférica faz vítimas diariamente, em especial nas comunidades do Rio de Janeiro. A polícia sempre faz uma narrativa na qual eles são os herois tentando resolver o problema do tráfico. No entanto, a verdade é que tanto a polícia quanto os traficantes atuam conforme interesses que não são o da população das favelas, e ambos usam o poder da repressão para fazê-lo, no caso da polícia, com a legitimidade do estado. Não é possível se conformar com o fato de que todos os dias mais e mais jovens vão morrer vítimas dessa guerra falaciosa que não os diz respeito.

A única forma de cessar essa guerra é acabando com o tráfico da única maneira possível: legalizando as drogas, colocando sob controle estatal sua produção e distribuição para que seu uso não seja mais regulado por uma força clandestina da burguesia e que justamente por isso os chefes do tráfico estão intocáveis em suas mansões, distantes das favelas onde as trocas de tiro diárias acontecem. Desta forma a repressão policial nas favelas cessa ou, caso contrário, comprova de forma escancarada sua real motivação: avançar no genocídio e encarceramento da juventude negra e periférica.

 
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