Collor começou seu discurso lembrando que foi impedido de concluir o mandato quando era presidente, mas que agora vê que não pode se acovardar frente à candidatura, já que acredita que tem “experiência, a coragem, o equilíbrio e maturidade". Também afirmou que quer superar a ideia de “esquerda e direita” se apresentando como um candidato capaz de promover mudanças.
“Os temores da história não podem preceder aos ardores da modernidade...".
"Não precisamos de revolução, mas de evolução. Da mesma forma não precisamos de renovação, mas de inovação."
Collor também afirmou que em seu governo manteve “em razoáveis níveis o equilíbrio fiscal das contas públicas", além de "abrir a porta do Brasil para a tecnologia e para o mundo". Mas qualquer brasileiro sabe que Collor sequestrou a poupança dos trabalhadores, fechou mais de 920 mil postos de trabalho em 1990 e elevou a inflação a 1200%.
O ex-presidente tenta articular tradição e modernidade, mas o filhote da ditadura militar representa o que há de mais podre e velho na política brasileira, sua pré-candidatura é mais uma expressão da crise a que a burguesia está submetida não encontrando nenhuma figura que possa ter força real nas urnas para concluir seus planos de ataques e reformas.
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