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PRIVILÉGIOS
Presidente do TJ-SP diz que auxílio-moradia é “muito pouco”
Redação

O desembargador Manoel Calças, no mesmo dia de sua posse como o novo presidente do TJ-SP, tem o cinismo de afirmar que, além de possuir diversos imóveis na capital de São Paulo - que são frutos de heranças -, recebe também o "benefício" auxílio-moradia, que está no valor de aproximadamente 4 mil reais, e acredita que este valor é “muito pouco”.

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A afirmação foi arrancada do desembargador por um repórter em entrevista coletiva. Com seus privilégios sendo questionados, irritou-se.

Nada muito diferente do cinismo adotado também pelo juiz Sérgio Moro, que justificou a existência do privilégio como sendo uma forma de compensar a falta de reajuste salarial aos juízes federais, que variam em torno de R$30 a R$ 50 mil reais, sem contar os demais “benefícios”.

Essa casta privilegiada de juízes é exatamente o setor que jura prezar pela justiça, neutralidade e respeito à Constituição, mas que está ganhando rios de dinheiros acima do teto estabelecido por essa mesma Constituição. Isso além de estarem enriquecendo às custas de suas decisões arbitrárias e nada imparciais, que possuem motivações políticas, como vimos recentemente com a condenação de Lula, mas que também se expressa todos os dias nas condenação da juventude negra, como o caso de Rafael Braga, e até mesmo nas não condenações que mantém jovens negros na prisão durante anos sem julgamento.

Além disso, extrapolam suas funções e atuam em prol das reformas que atacam os trabalhadores, como foi com o apoio que o judiciário deu à aprovação da reforma trabalhista em julho passado. Ou seja, enquanto recebem seus milhares mensais tranquilamente, atuam para que os trabalhadores tenham cada vez menos direitos e salários tão baixos que chegam a parecer provocação.

Desde o Esquerda Diário sempre denunciamos esses privilégios e supersalários tanto dos juízes como dos políticos. Não há possibilidade de que os juízes de fato atuem em defesa da justiça e direitos dos trabalhadores e da população se não for partindo do elementar que é exigir que eles sejam eleitos pela população, e revogáveis conforme aqueles que ali os colocaram acharem necessário. Assim como é urgente acabar com esses privilégios todos, colocar fim nesses auxílios e que os salários sejam o mesmo de um trabalhador comum, como o de uma professora.

Esse alto escalão do regime, como esses magistrados que estão a frente de operações como a Lava Jato, se veem como grande heróis do país, paladinos da justiça que estão combatendo a corrupção, mas a realidade é que lutar contra a corrupção de verdade só é possível a partir de júris populares, onde a população decida o destino dos corruptos.

 
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