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PRIVILÉGIOS DO JUDICIÁRIO
Juízes do Rio recebem auxílio até para pagar as escolas particulares dos filhos
Iaci Maria

Como se não bastassem os privilégios sem fim que os juízes recebem, a casta do magistrado fluminense recebe até auxílio mensalidade para pagar os colégios particulares de seus filhos.

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Foto: Brunno Dantas/TJRJ

Nas últimas semanas, após a divulgação do acúmulo de auxílio moradia pelo juiz da Lava Jato Marcelo Bretas e sua esposa, o tema sobre os privilégios dos juízes ganhou força e a capa de diversos jornais. Com isso, diversos outros benefícios do judiciário vem ganhando os olhos da população, que cada vez mais rechaça esse absurdo que faz com a renda desses privilegiados chegue a ser surreal para um trabalhador comum.

No Rio de Janeiro os juízes, que já possuem salários de aproximadamente R$30 mil, ainda acumulam mais um benefício: o auxílio mensalidade, que serve para que eles paguem as altas mensalidades dos colégios particulares de seus filhos. O valor desse auxílio é de R$1136,53, ou seja, mais uma “ajudinha” que ultrapassa o valor do salário mínimo – que em teoria é o salário que um trabalhador recebe para sustentar a si e sua família, custeando todas as despesas e ainda tendo que lidar com descontos que na prática levam a que o valor recebido seja ainda menor do que o salário estabelecido. Não fosse surreal o suficiente, o auxílio mensalidade é acumulativo para até 3 filhos, podendo o juiz receber até R$3,4 mil por mês.

Essa casta privilegiada de juízes é exatamente o setor que jura prezar pela justiça, neutralidade e respeito à Constituição, mas que está ganhando rios de dinheiros acima do teto estabelecido por essa mesma Constituição. Isso além de estarem enriquecendo às custas de suas decisões arbitrárias e nada imparciais, que possuem motivações políticas, como vimos recentemente com a condenação de Lula, mas que também se expressa todos os dias nas condenação da juventude negra, como o caso de Rafael Braga, e até mesmo nas não condenações que mantém jovens negros na prisão durante anos sem julgamento.

Além disso, extrapolam suas funções e atuam em prol das reformas que atacam os trabalhadores, como foi com o apoio que o judiciário deu à aprovação da reforma trabalhista em julho passado. Ou seja, enquanto recebem seus milhares mensais tranquilamente, atuam para que os trabalhadores tenham cada vez menos direitos e salários tão baixos que chegam a parecer provocação.

Desde o Esquerda Diário sempre denunciamos esses privilégios e supersalários tanto dos juízes como dos políticos. Não há possibilidade de que os juízes de fato atuem em defesa da justiça e direitos dos trabalhadores e da população se não for partindo do elementar que é exigir que eles sejam eleitos pela população, e revogáveis conforme aqueles que ali os colocaram acharem necessário. Assim como é urgente acabar com esses privilégios todos, colocar fim nesses auxílios e que os salários sejam o mesmo de um trabalhador comum, como o de uma professora.

Esse alto escalão do regime, como esses magistrados que estão a frente de operações como a Lava Jato, se veem como grande heróis do país, paladinos da justiça que estão combatendo a corrupção, mas a realidade é que lutar contra a corrupção de verdade só é possível a partir de júris populares, onde a população decida o destino dos corruptos.

Saiba mais: Autoritarismo judiciário no Brasil é o mais caro e privilegiado do mundo

 
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