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FALENCIA DAS UPPs
Em meio à crise da violência policial no Rio, 18 das 38 UPPs poderão ser extintas
Redação

Em meio a noticias cotidianas de mortos por balas perdidas, Polícia Militar do Rio anuncia que pode reduzir em mais da metade as Unidades de Polícia Pacificadora.

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A cada dia nos deparamos com novas notícias sobre como o aumento da violência policial e a guerra ao tráfico de drogas, e como a população do Rio de Janeiro, principalmente os pobres e negros, são obrigados a viver sob o medo constante de serem vítima das balas perdidas e da violência. Tudo isso em meio a um cenário que se aprofunda a crise financeira do estado, combinada com a crise política, permeada por escândalos de corrupção ou de escancarar os privilégios como o do juiz Marcelo Bretas, que recebe somente de auxílio moradia o equivalente a 10 bolsas de um estudante da UERJ.

Em meio a tudo isso, a Polícia Militar do Estado poderá extinguir 18 das 38 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). O programa foi implantado a partir de 2008, buscando militarizar as comunidades num suposto combate ao tráfico, na verdade não passa de um controle social da população. E ao contrário de resolver qualquer caso de violência, só aprofundou os casos de assassinatos, balas perdidas, obrigando a população carioca a viver sob um constante clima de medo e insegurança.

Nos últimos anos, houve uma redução de investimento nas unidades e diminuição do efetivo. O comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, declarou que a extinção de quase metade das UPPs ainda depende de mais estudos "Vários fatores têm de ser levados em consideração: o momento que estamos vivendo, a questão financeira para manutenção do projeto. Aquelas (UPPs) em que não haja um domínio territorial maior talvez possam ter reavaliadas a sua manutenção ou não", após participar de seminário sobre segurança pública na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

A Polícia Militar também discute a blindagem de pelo menos parte de suas viaturas. A intenção é que os para-brisas traseiro e dianteiro dos veículos recebam o reforço no material. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Enquanto a população é obrigada a sofrer com a violência e a repressão cotidiana.

A polícia do Rio de Janeiro segue sendo uma das mais violentas do mundo. O número de pessoas assassinadas pelas suas intervenções é maior do que pessoas mortas em guerras declaradas. Fora as mortes outros abusos também são cometidos, como agressão física e verbal, invasão de domicílios, tira o direito de “ir e vir” dos moradores, que não tem nenhuma segurança nos bairros que moram ou que estudam, como na fatalidade que ocorreu ano passado, onde a jovem Maria Eduarda de 13 anos morreu dentro da sua escola com um tiro de fuzil durante uma das intervenções da polícia militar. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) muito longe de buscar combater a violência são parte de aumentar a repressão nas comunidades cariocas. Já que a polícia não é uma vítima do Estado, mas sim parte fundamental de seu aparato repressivo.

 
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