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JORNADA DE LUTA 19/2
Transformar a jornada de luta em exigência a greve geral contra as reformas e pelo direito de votar em quem quiser
Felipe Guarnieri
Diretor do Sindicato dos Metroviarios de SP
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.
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As maiores centrais sindicais do país convocam um "Dia Nacional de Lutas" para 19 de fevereiro, quando o governo golpista pretende votar a reforma da previdência. Trata-se de um chamado que, apesar do enorme atraso, tem um conteúdo progressista e por isso vamos participar com toda a nossa força, incentivando a entrada em cena dos trabalhadores. Entretanto, levaremos uma política própria: a exigência a estas centrais, especialmente à CUT e à CTB, de uma greve geral já contra a reforma da previdência e pelo direito da população decidir em quem votar.

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, disse que apresentará novo texto da Previdência neste dia 6/2. Ou seja, o anúncio do ataque está às claras. O chamado da CUT fala de "greves, paralisações, assembleias e atos públicos", mas nas bases das categorias nenhuma movimentação é feita no sentido de preparar os trabalhadores com um sério plano de luta contra as reformas e o ataque do judiciário aos direitos democráticos elementares.

Por importante que seja uma Jornada de Luta - e colocaremos nossas forças para que sejam os trabalhadores os protagonistas - é evidente que para fazer frente contra esses ataques é necessário paralisar todas as principais estruturas econômicas do país, numa greve geral que envolva a esmagadora maioria da classe trabalhadora num enfrentamento comum contra a ofensiva dos capitalistas, seus políticos e juízes.

Criticamos a CUT e a CTB (nem falar das centrais golpistas como a Força Sindical e a UGT) já que em meio à uma escalada de reacionarismo por parte do judiciário, que acaba de condenar Lula de maneira arbitrária para decidir em quem o povo pode ou não votar, estas centrais sindicais continuam submissas ao calendário parlamentar, sem antecipar a organização de um combate mais do que esperado.

A esmagadora da população brasileira é contra a reforma da previdência. No ano passado a greve geral do dia 28 de abril, que as centrais sindicais foram obrigadas a fazer, mostrou a força capaz de derrotar Temer, a casta política e o judiciário reacionário. Porém as direções sindicais escolhem manter a desmobilização para poder seguir negociando o imposto sindical com o governo, separando o aspecto econômico do aspecto político.

As centrais dizem que "se botar pra votar, o Brasil vai parar", dando tempo para que os parlamentares entrem em acordo para votar a reforma da previdência. Fizeram um chamado para um "Dia Nacional de Lutas" no 19/2; participaremos com tudo da jornada, mas com uma política própria: é urgente que as centrais sindicais, a CUT e a CTB, parem de rastejar atrás da agenda parlamentar e organizem já uma greve geral em todo o país, parte de um plano de luta para barrar a reforma da previdência e defender o direito democrático da população de decidir em quem votar.

A CSP-Conlutas não esteve na reunião e não assina o chamado das centrais sindicais. Como central sindical combativa, é fundamental que se posicione claramente em defesa de um verdadeira greve geral, incorporando a necessidade da intervenção política da classe trabalhadora em defesa do direito democrático do povo votar em quem quiser. Também os deputados do PSOL de todo o país poderiam colocar seu peso parlamentar a serviço dessa exigência de uma greve geral contra a reforma da previdência e em defesa do direito do povo decidir em quem votar, contra o governo golpista e o judiciário reacionário.

 
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