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Despedidos na Argentina
Hospital Posadas: grande jornada de lutas
Jorgelina Esteche
Ariel Iglesias

Na Argentina ocorre uma nova jornada de luta dos trabalhadores demitidos, rodeados de solidariedade operária e estudantil. Paralisação, caravana, corte de rua e mobilização no Ministério. Continua a resistência fortalecida por uma jornada de ampla repercussão.

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A nova jornada dos trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Posadas em luta contra as 122 demissões se instalou novamente na agenda nacional desde bem cedo. Os meios mostravam um hospital semi vazio, funcionando com guardas mínimas, apesar do amedrontamento interno que leva adiante o diretor de recursos humanos do hospital, Juan Leonardi, junto ao diretor executivo, Pablo Bertoldi Hepburn, e do dispositivo extremo que dispôs a ministra de segurança , Patrícia Bullrich, com mais de 200 policiais e carros hidratantes sobre a Autopista Oeste. Mas o amedrontamento voltou a falhar. A paralisação de 24 horas votada na assembleia convocada pelo STS, CICOP e apoiada pela ATE Nacional sentiu-se no maior hospital da Argentina mostrando a solidariedade dos trabalhadores com seus companheiros demitidos.

A partir das 8:30 a explanada do Hall central começou a se povoar de trabalhadores, onde se encontraram aqueles que foram afastados e aqueles que ainda continuam exercendo suas funções, fundindo-se em um abraço e unindo-se sob a bandeira de “reincorporação dos demitidos”. Assim também, organizações solidárias foram se somando.

As 9:30, antes de começar a caravana, uma importante mobilização recorria o hospital ao grito de “unidade dos trabalhadores” e “o hospital Posadas não se vende, se defende.” Ao chegar à porta, rapidamente encheram 7 micro ônibus que junto a uma fila de mais de 30 carros chegaram à segunda etapa da jornada: o Ministério da Saúde. Todo o caminho pela autopista oeste esteve cheio de bozinaços e amostras de apoio à luta das e dos trabalhadores do Posadas.

As 10:30 a caravana chegou ao Ministério da Saúde. A polícia montou uma forte operação mas não pode impedir o corte total por três horas de toda a 9 de julho, que foi visto por milhões de pessoas, convertendo-se em uma referência. Ali foi realizado um ato em que falaram referências sindicais, como Roberto Baradel de SUTEBA e referências do STS, CICOP, CTA entre outros. Também esteve presente Nora Cortiñas, integrante das Mães da Praça de Maio Linha Fundadora.

Pelas demissões tomaram a palavra Karina Almirón e Luís Sucher, referência da Marrón- Movimento de Agrupações Classistas- e dirigente do PTS, que disse: “Nossa luta, como a de Cresta Vermelha, trabalhadores de INTI, Fanazul, Ingenio La Esperanza, Río Turbio, Stockl, demonstra que há forças para resistir. Em nosso caso é enorme o apoio que nos chega de todo o país. Este governo cotidianamente está perdendo imagem, vem sofrendo golpes depois depois da sanção da lei previdenciária, há forças para enfrenta-lo. Mas para isso não podemos seguir lutando separados, temos que começar a coordenar as ações entre todos os setores que estamos em luta. ATE tem que chamar uma paralisação nacional, não podemos seguir lutando divididos. O mesmo às centrais sindicais: tem que se por a frente desta lutadores reincorporação de todos os demitidos. Em casa assembleia, em cada lugar de trabalho, levemos esta moção. A paralisação está a alcance da mão da ATE e da CTA, necessitamos um plano de lutas até que derrotemos esse governo.”

Por volta do meio dia, os demitidos foram recebidos por representantes do Ministério da Saúde, que manifestaram que as demissões no Posadas não eram ordens diretas da cartera e que respondiam à decisão do Diretório do hospital, composto pelos médicos Pablo Bertoldi Hepburn, Jorge Palmieri, Marcelo Suaréz e os advogados Javier Caruso e Juan Ignacio Leonardi.

Ao sair da reunião, a delegação que havia mantido a entrevista comentou isso aos trabalhadores e decidiram marchar, como tinham previsto, ao Ministério de Modernização, que é desde onde se anunciou faz dias atrás que sobravam 600 trabalhadores no Hospital Posadas e milhares em outras dependências do Estado. Ali finalizou a mobilização por volta das 16 horas.

A luta segue

Amanhã as 15 horas está citado o STA pela direção do hospital, e os dias seguintes CICOP e FESPROSA, um primeiro encontro dos sindicatos com os vacinadores e ajustadores a cargo do hospital. Do resultado da reunião sairá um novo chamado a assembleia decidido por trabalhadores demitidos, para votar como continuar a luta que está por entrar em sua quarta semana, que segue firme e mostra um caminho para enfrentar as medidas do governo.

 
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