Foi divulgado pelo Ministério da Educação nesta quarta-feira (31) os dados do Censo Escolar de 2017. A pesquisa aponta o que nós já sabíamos há muito tempo: há problemas estruturais nas escolas de diferentes faixas etárias, tanto pública como privadas. Mas dessa vez, é escancarado que a infra-estrutura das escolas é completamente incapaz de receber e educar de maneira qualitativa os alunos.
Os números do Censo Escolar mostraram que 61,1% das creches não têm banheiro adequado à educação infantil. No ensino fundamental, o levantamento registrou escolas sem vasos sanitários (8,2%), salas de leitura e bibliotecas (45,7%) e laboratórios de ciências (88,5%). No Ensino médio, a situação se repete: há escolas sem água da rede pública (10,7%), biblioteca (12%), banheiro adequado para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida (37,%) e laboratórios de ciências (54,6%).
Essas defasagens implicam de maneira evidente na adesão das crianças e adolescentes à vida escolar e ao ensino. Em São Paulo, por exemplo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deixa centenas de professores sem aula no processo de atribuição, o que na prática significa a demissão de centenas de milhares de professores, já que ficarão sem aulas e portanto sem salário.
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Sabemos que isso é resultado de um projeto a longo prazo de precarização completa da educação pública para que esta situação sirva de argumento para sua privatização. Não podemos permitir que essa situação continue se desenvolvendo, comprometendo o futuro de milhões de brasileiros. É preciso que as centrais sindicais convoquem imediatamente uma greve geral que imponha perigo aos governos, mostrando que não aceitaremos mais que a crise seja despejada nas nossas costas.
Com informações da Agência Estado
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