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FEBRE AMARELA
Mortes por Febre Amarela sobem 44% em um ano no estado de SP
Rafael Barros

Número de mortes subiu de 36 para 52 desde janeiro de 2017. Já o número de contaminados subiu de 81 para 134.

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Os casos de mortes causadas por Febre Amarela silvestre aumentaram de 36 para 52 desde janeiro de 2017 no estado de São Paulo. Segundo Balanço divulgado nessa sexta-feira (26) pela Secretária Estadual de Saúde, foram 134 casos confirmados de contágio da doença. O número de mortes aumentou em 44%, enquanto os números de infecções aumentou em 65% em todo o estado.

Os registros de contaminação e de mortes ocorrem no ciclo silvestre do vírus, com números muito altos no interior do estado. Mairiporã é a cidade com índices mais críticos, contabilizando 57,4% dos casos de infecção por febre amarela. Já são 77 contaminados, e 23 mortos pela doença. Em Atibaia são 17 casos registrados, com 10 mortes. No estado de SP são 23 cidades que já tiveram pacientes infectados. Há registros de mortes de duas pessoas (uma de Minas Gerais e outra de Santa Catarina) que foram infectadas em Mairiporã.

Veja também: Febre amarela: a estratégia do mosquito e a capitulação do governo

Segundo a Secretaria, mais de meio milhão de pessoas já foram vacinadas nos primeiros dias de campanha, com doses fracionadas. O foco da campanha que começou nesta quinta-feira (25) está em 54 cidades, dentre elas São Paulo. Foram 282,2 mil somente nos 20 distritos da capital que são alvos da ação.

Mesmo com a alta absurda dos índices de casos de infecção pela febre amarela no interior do estado, ainda não foram registrados casos na capital paulista. Recentemente publicamos aqui um texto que apontava a surpresa de muitos pesquisadores que ainda não haver registro de casos de contaminação nos grandes centros urbanos.

O mosquito transmissor da febre amarela, o conhecido Aedes aegypti, também transmissor da Dengue, Zica e chicugunha, sobrevive essencialmente de encontrar áreas de degradação urbana, onde possa botar seus ovos e reproduzir. Por isso mesmo a surpresa de pesquisadores da saúde com fato de não haver casos registrados na capital, por exemplo.

É sabido que o governo tem “garantido” estas áreas aos mosquitos, e virados as costas para a proliferação do vírus. Afinal não faltam locais com água parada e esgoto não tratado em São Paulo. Da mesma forma o governo mascara a realidade de fácil proliferação do mosquito nas periferias, sem saneamento básico garantido pelo estado, deixando diversos trabalhadores à Deus-dará, pronto para passar um pano numa situação drástica de saúde pública apenas com campanhas de vacinação, mas largando mão de algo que qualquer estudante de saúde publica ou medicina aprende: política de águas, políticas de lixos e dejetos urbanos, política de esgoto e seu tratamento e política das águas pluviais e seu escoamento.

 
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