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FEBRE AMARELA
Baixo lucro faz com que indústrias não produzam vacina contra febre amarela
Amanda Navarro

Em meio a uma incessante luta contra a febre amarela, que avança em diversos Estados brasileiros, principalmente no Rio de Janeiro, o abastecimento de vacina encontra-se cada vez mais calamitoso: indústrias que fabricariam a vacina deixam de produzi-la por que ela não dá lucro. A face cruel do capitalismo na saúde se mostra novamente.

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O avanço da febre amarela sobre regiões não endêmicas tem preocupado toda população. O Rio de Janeiro já contabiliza um total de 20 casos confirmados de febre amarela e em São Paulo o zoológico foi fechado após a morte de um macaco.

Enquanto os postos de saúde são abarrotados pela população desesperada em busca de vacina, sobrecarregando ainda mais os funcionários que já trabalham em condições completamente precarizadas, a indústria farmacêutica permanece reforçando a medicina capitalista à serviço do lucro.

O abastecimento de vacinas contra a febre amarela é escasso e os estoque já estão no limite. As indústrias que fabricam a vacina não veem uma boa via para obtenção de lucro, uma vez que a produção exige equipamentos modernos e um complexo processo de produção e o lucro obtido é baixo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem registrado apenas 4 produtores da vacina, que é vendida por um preço unitário de R$3,50. Desde do início do grande surto de febre amarela, a vacina chegou a custar R$300 reais no Recife, sendo um aumento de quase dez mil porcento.

Essa é a cruel faceta do capitalismo e da medicina capitalista, que transforma um direito básico em mercadoria: os capitalistas da saúde escolhem o que produzir baseado nos lucros que podem retirar e vendem vacinas de acordo com a procura. Enquanto a população está vulnerável à febre amarela, os tubarões da saúde avançam e lucram com a miséria, falta de assistência e saúde de qualidade que aflige principalmente a classe trabalhadora e populações pobres.

Ações preventivas e de controle da doença, como por exemplo, distribuição de repelentes naturais e erradicação dos focos do mosquito são mecanismos completamente ignorados pela medicina do capital, que obviamente, quer continuar lucrando em todas as situações possíveis.

 
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