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JUDICIÁRIO
Regado a privilégios, Sérgio Cabral mantém redes de influência de dentro da prisão
Redação

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), condenado a 4 ações penais que já ultrapassam 30 anos de prisão, por esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, mantém redes de influência política de dentro da cadeia, burlando a vigilância, e é expressão dos privilégios dos políticos.

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Assim como noticiamos, há meses, os luxos de Cabral na prisão, com queijos de R$ 300, home theather, biblioteca particular para reduzir sua pena e visitas fora de hora, num cenário de crise carcerária e surto de tuberculose para presos pobres e negros. A vigilância a que é submetido é outro aspecto “flexibilizado” pelo aparato estatal, envolvendo “pontos cegos” no videomonitoramento da cadeia e este podendo ser “plugado” e “desplugado” com facilidade por Cabral segundo o MP do Rio de Janeiro.

A promotora classificou como "ridículo", "pífio" e "tosco" o videomonitoramento instalado na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, reformada para receber em maio os presos da Lava Jato. Cabral foi condenado em quatro ações penais a 87 anos de prisão, e responde a outros 16 processos.

Preso desde 2016, o golpista atuou para nomear filho de seu agente penitenciário para a Secretaria Estadual de Esportes e Lazer, substituindo seu próprio filho, Marco Antônio Cabral, e demonstrando uma rede de influência política que se mantém mesmo após a condenação de Moro e a ofensiva da Lava Jato. Também se suspeita que possa ter encomendado a elaboração de dossiês contra o juiz Marcelo Bretas. O Ministério Público mantém investigações sobre o caso.

Sobre a suposta agressão por seu rival Anthony Garotinho (PR) em sua primeira madrugada em Benfica, alega-se que Cabral agrediu a si mesmo na penitenciária para conseguir a transferência a outro pedido. "O monitoramento é muito rústico. Foi em razão da investigação da suposta agressão ao ex-governador Garotinho que nós tivemos a oportunidade de conseguir pelo menos as imagens de um dos HDs", disse a promotora Andreia Amin a Folha de São Paulo (aqui).

Enquanto casos como o de Rafael Braga e de 40% daqueles que são mantidos presos sem ao menos serem julgados demonstram a brutalidade de um sistema carcerário em crise, as regalias de Cabral, que segue influenciando a vida política de seu estado e obtendo privilégios, escancara a falácia do Judiciário brasileiro que fortalece suas arbitrariedade não para combater de fato a corrupção, esta, intrínseca ao regime capitalista, mas para regular a crise do Estado e se voltar contra os trabalhadores e a população.

 
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