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DEMISSÃO NO METRÔ
Às vésperas da greve, ativista do Metrô é demitido prestes a assumir cargo na CIPA
Redação

Ontem, 18, os Metroviários protagonizaram uma importante greve com grande apoio da população, contra a privatização, o aumento das tarifas e também contra as demissões. Apesar de alegar que a privatização não implicará em demissões, a empresa no último ano demitiu arbitrariamente dezenas de metroviários.

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No último período, o Metrô de São Paulo realizou demissões de dezenas de metroviários alegando “baixa produtividade”, através de uma avaliação de desempenho totalmente subjetiva feita pelas chefias das áreas. Na última terça feira, 16, o ativista André Camilo Bof foi mais uma vítima dessa arbitrariedade da empresa. O Metrô se aproveitou de uma situação de hiato em que André havia acabado de perder a estabilidade do mandato anterior da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e iria assumir como suplente novamente nos próximos dias, voltando a ter estabilidade.

A nova chefe do Departamento de Operações da empresa, Cristina Bastos, se tornou conhecida em todas as áreas da operação por sua política truculenta de terror contra os trabalhadores metroviários. Ativistas vem sendo perseguidos pelas chefias e trabalhadores punidos por conta de faltas médicas, sob orientação do Departamento. Muitos trabalhadores que adquirem doenças pelo trabalho ou doenças graves como câncer, e até mesmo trabalhadores em tratamentos complexos como hemodiálise, tem suas faltas médicas consideradas, de forma totalmente ilegal, para rebaixamento das notas.

Ao mesmo tempo, os Metroviários estão na luta contra a privatização da empresa, que já deu mais um avanço nessa sexta-feira (19), através do leilão de cartas marcadas, no qual as linhas 5-Lilás e 17-Ouro foram vendidas para o Consorcio CCR e para o Grupo Ruas. A empresa alega que não haverá demissão em massa dos trabalhadores por conta da privatização, porém no último ano demitiu dezenas de metroviários a conta gotas. Essas demissões, junto com a política de terror da companhia, visam enfraquecer e colocar a categoria na defensiva, ao mesmo tempo em que abre caminho para a privatização.

A forte greve dos Metroviários ontem (18) foi capaz de pressionar e obter uma liminar que suspendia o leilão de entrega das linhas do Metrô de hoje. Porém, os juízes amigos de Alckmin e dos empresários rapidamente cassaram a liminar e mantiveram o leilão. Isso mostra que apenas a força dos trabalhadores e o apoio da população podem barrar a privatização.

Na luta contra as demissões não é diferente. Infelizmente, o que vemos por parte da maioria da diretoria do Sindicato, ligada à CTB/PCdoB e CUT/PT, é uma passividade e uma confiança na justiça, tanto para reverter a privatização quanto para lutar contra as demissões. Da mesma forma que foram coniventes com a traição das centrais como Força Sindical e UGT nas greves gerais contra as reformas do governo golpista de Temer, no Metrô também não apostam na força dos trabalhadores e sim na negociação com a patronal.

Os metroviários seguem em luta contra a privatização e não podem deixar passar essas absurdas demissões. É necessário que o sindicato dos metroviários construa com centralidade uma ampla mobilização que coloque como centro da luta a defesa dos demitidos e a luta contra a privatização. Assim, ganhando o apoio da população, que já se mostrou favorável ao longo do dia de greve ontem, e se aliando com a juventude em luta contra o aumento das passagens, será possível a unidade para impor a readmissão não apenas de André Bof mas de todos os demitidos arbitrariamente, barrar a privatização e o aumento da tarifa.

 
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