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CENTRAIS SINDICAIS
A luta contra as reformas golpistas não pode esperar a inércia das centrais sindicais
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

Temer não desiste de seu projeto de arrancar um direito legítimo da classe trabalhadora: o direito à aposentadoria. Enquanto isso, CUT esquece as reformas reacionárias e dedica-se exclusivamente à campanha para manter vivo o projeto "Lula 2018". Para enfrentar o judiciário golpista e a direita reacionária, a classe trabalhadora, por sua vez, não pode ser refém das promessas petistas para barrar os ataques dos golpistas e da burguesia.

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Enquanto a classe trabalhadora sofre com os ataques do governo golpista de Temer, as centrais sindicais como a CUT, CTB, nem falar Força Sindical, UGT, entre outras, se mantêm paralisados frente as reais necessidades dos trabalhadores.

O PT segue com a política de reduzir as necessidades dos trabalhadores à eleição de Lula como presidente, alentando uma ideia de que o PT seria capaz de reverter a reforma trabalhista e impedir a reforma da previdência que tentam avançar os golpistas.

Guardam um silêncio tumular sobre a entrevista da presidente do PT, Gleisi Hoffman, à Bloomberg, dizendo que Lula prepara uma nova Carta ao Povo Brasileiro - ou seja, aos mercados -, e que defende uma reforma da previdência própria, "para o setor público" (ver aqui a entrevista)

Nos locais de trabalho que dirigem se calam frente aos ataques brutais da burguesia contra os direitos legítimos dos trabalhadores e do povo. Hoje, os metroviários de São Paulo construíram uma forte greve, com apoio da população, contra a privatização do transporte, as demissões e o aumento das tarifas por Alckmin. Nem a CUT nem a CTB (que é parte do sindicato dos metroviários) moveu uma palha para que outros sindicatos que dirigem se dispusessem a difundir ao máximo esta luta e prestar solidariedade ativa contra o PSDB paulista.

Na página inicial da CUT o destaque não é uma intensa luta travada pelos metroviários, ou a organização de um plano de luta sério dos trabalhadores com desvinculada da agenda dos parlamentares, para derrubar as reformas trabalhista e barrar a da previdência.

O que se vê é uma imensa imagem de apelo emocional que diz "O mundo está com Lula".

A máxima da CUT atualmente contra a reforma da Previdência é implementar, virtualmente, um canal para que os brasileiros "pressionem" os deputados (ver aqui o site da CUT). "O ovo, que devia dar uma águia, não deu nem um frango": naturalmente, apertar um botão não pode derrotar a agenda de ataques reacionários de Temer e Rodrigo Maia.

Enquanto Temer joga o jogo da burguesia, comprando com dinheiro público deputados à favor da Reforma e gasta milhões em propagandas enganosas, a CUT e a CTB amortecem a atenção da classe trabalhadora e não organizam nada. Isso, mesmo sendo evidente que a única maneira de frear os ataques do judiciário golpista é com a luta de classes e atacando os direitos de exploração dos capitalistas, que dependem dos ajustes de Temer.

O que a CUT e a CTB estão esperando para organizar um verdadeiro plano de luta contra as reformas, já? Não se cansaram de jogar areia nos olhos dos trabalhadores em 2017, boicotando jornadas de greve geral e esperando docilmente a movimentação dos parlamentares golpistas?

Para barrar a reforma, é preciso organizar uma forte mobilização do trabalhadores, retomando a greve geral e todos os mecanismos históricos de luta da classe operária. É preciso vencer a inércia que as burocracias sindicais impõem frente ao potencial de luta de todos os trabalhadores, como provaram hoje os trabalhadores do metrô com uma importante conquista.

A luta não se molda em torno dos planejamentos de votação da reforma da Previdência, como coloca a CUT. A luta se molda através da própria classe trabalhadora, se organizando organicamente e pela base, pode uma derrota sobre o governo golpista de Temer.

A CSP/Conlutas, como importante sindicato combativo, e o PSOL, que se propõe ser uma alternativa à esquerda do PT, poderiam colocar seu peso sindical e parlamentar a serviço de uma campanha desse tipo, organizando todo o ativismo sindical de esquerda nos locais de trabalho, organizando por exemplo atos nas sedes dos sindicatos exigindo medidas de organização e luta para parar o país de fato. O MTST também poderia colocar suas forças em função da construção dessa frente única para a resistência comum contra os capitalistas.

A serviço dessa perspectiva abrimos as páginas do Esquerda Diário para organizar a luta contra a reforma e o governo Temer.

 
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