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GOVERNO É A CARA DOS CAPITALISTAS
Maggi e a fazenda de US$330 milhões: governo Temer tem os maiores corruptos e também os maiores latifundiários
Simone Ishibashi
Rio de Janeiro

A opulência da propriedade que Maggi está comprando escancara uma vez mais os absurdos privilégios dessa casta política, e mostra como a definição de Marx de que o Estado é um balcão de negócios para garantir os interesses da burguesia.

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Enquanto a ampla maioria dos trabalhadores sofre com as incertezas e os ataques como a reforma trabalhista, a casta política reunida no governo Temer não tem nada do que reclamar. Ostentando uma vida de luxo, e muitos privilégios como os incontáveis auxílios que recebem em seus cargos, muitos deles são ainda parte dos maiores latifundiários do país. Esse é o caso do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) que acaba de comprar a fazenda Itamarati dos herdeiros de Olacyr de Moares pela bagatela de US$ 330 milhões, o equivalente a R$ 1,1 bilhões.

Os impactos dessa compra de cifras absurdas não devem tardar para se fazer sentir. São 390 quilômetros de terra localizados na cidade de Campo Novo de Parecis, no Mato Grosso, incluindo uma área de reserva legal. No entorno da fazenda vivem cerca de 2200 pessoas, e há uma escola e uma infraestrutura para os moradores. Blairo Maggi já anunciou que pretende separar a fazenda da vila, e “vender as casas para os funcionários que já moram lá e terrenos”, de acordo com as informações da Folha de S Paulo. Sob o argumento de que isso “legalizaria” a situação dos moradores, que já vivem lá há anos, a empresa Amaggi do ministro de Temer lucraria também com essa medida.

A opulência da propriedade que Maggi está comprando escancara uma vez mais os absurdos privilégios dessa casta política, e mostra como a definição de Marx de que o Estado é um balcão de negócios para garantir os interesses da burguesia é mais atual que nunca. Os mesmos nomes do governo Temer que atacam a classe trabalhadora e são corruptos notórios, inclusive o próprio Maggi que está sendo acusado por organização criminosa, são os que votam incessantemente a renovação e o aumento de seus privilégios. A saída para a crise que assola o país deve ser a de que os corruptos e os capitalistas paguem pela crise que criaram, e isso envolve confisco de bens de todos os corruptos. Empresas como essa de Maggi deveriam ser expropriadas e colocadas para produzir sob o controle dos trabalhadores. Essa seria uma verdadeira via para que uma saída de fundo para acabar com essa casta política, que enriquece às custas dos ataques e da miséria imposta aos trabalhadores.

 
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