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ESTADOS UNIDOS
Capitalismo deu certo: Em Los Angeles número de moradores de rua aumenta 23% em um ano
Rafaella Lafraia
São Paulo

O capitalismo quanto mais ele avança mais ele cria pobreza. Sim, por mais que existam aqueles que neguem esta afirmação, ela é uma verdade apresentada pelo marxismo e vivida de forma cada vez mais escancarada pela maior parte da população mundial.

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Fica evidente tal colocação quando vemos os dados do último censo do Departamento de Habitação dos EUA, publicado no início de dezembro do ano passado, que relata que 553 mil pessoas estão sem moradia nos EUA. Ainda chama atenção que uma parcela desta população em situação de rua não possui nem albergue para passar a noite ou outra situação temporária que de o mínimo de condições, como relata matéria do El País.

Joey Weinert, coordenador dos voluntários do albergue Midnight Mission, que fica em Skid Row, uma das áreas com maior concentração de moradores de rua da cidade de Los Angeles - cidade esta que teve o maior aumento do número de pessoas em situação de rua: 23% em um ano - cita que os efeitos de longo prazo da crise econômica, gerada pela bolha de especulação imobiliária nos EUA, é uma das causas para o aumento do número da população sem-teto.

Philip Alston, relator especial das Nações Unidas para a pobreza, publicou em uma versão preliminar do relatório sobre tal, colocou que os números do censo não são totalitários, pois há uma subnotificação. Ele acrescenta que 40 milhões de estadunidenses vivem em condições de pobreza e que destes, 18,5 milhões vivem em condições de extrema pobreza. Para o relator, a reforma fiscal de Donald Trump, terá efeitos sobre esta população e acrescenta uma crítica à criminalização da pobreza com a prisão por crimes menores da população que esta vivendo em situação de rua.

Estas condições corroboram com o que Marx apresentou em o Capital: "Quanto maior for a riqueza social, o capital em funcionamento, o volume e a energia do seu crescimento — e, portanto, também a magnitude absoluta do proletariado e a força produtiva do seu trabalho — tanto maior é o exército industrial de reserva".

Em outras palavras, no sistema capitalista conseguimos avançar tecnologicamente, mas, contraditoriamente, esse próprio avanço é travado e usado contra a classe trabalhadora, deixando-a ainda mais miserável. Quanto mais avanço do capitalismo mais população excedente. Por exemplo, atualmente temos uma expectativa de vida muito maior que cem anos atrás e – seria muito maior se os avanços tecnológicos estivessem a serviço de melhora as condições de vida da população e não do acúmulo de capital nas mãos de poucos.

Esse aumento da expectativa de vida, por exemplo, é base do discurso dos políticos e empresários brasileiros e argentinos para justificar a implementação da reforma da previdência. Ou seja, graças a penicilina e vários outros avanços científicos e tecnológicos, que permitem viver mais anos, a resposta do capitalismo é trabalhar até morrer, para garantir o lucro dos empresários em meio a crise capitalista que se arrasta desde 2008, com a bolha imobiliária dos EUA, comprovando que o capitalismo as crises são inerentes ao capitalismo e são para os capitalistas oportunidades de atacar as massas para procurar aumentar suas taxas de lucro.

Na realidade temos condições tecnológicas que nos possibilitariam trabalhar por menos tempo e com melhores condições de vida, permitindo que tivéssemos mais tempo para desenvolvermos outras atividades como estudo, lazer, dentre outras para nos realizarmos plenamente, mas como o que baseia este sistema é o lucro dos grandes capitalistas os avanços são usados, realmente, como ataques, criando trabalhos intermitentes, precarizando as condições de trabalho e vida.

Milhões de moradias vazias de um lado, milhões sem casa apropriada. Avanços tecnológicos que permitem jornadas de duas horas, mas que levam a generalizar “horários flexíveis” de 12 ou mais...

Lá do grande templo do capitalismo, de Hollywood aparece à verdade, que mesmo ali onde o capitalismo mais avançou mostra-se suas características inerentes de gerar pobreza.

Foto: APU GOMES

 
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