O presidente golpista Michel Temer invadiu a ceia de Natal de milhões de brasileiros pra dizer que a reforma trabalhista vai gerar empregos e que a Argentina foi um grande exemplo de união ao aprovar a reforma da previdência. Além das mentiras sobre a economia brasileira e a crise internacional, Temer quer enganar a classe trabalhadora, justamente aquela que se levantou em duas greves gerais este ano apesar das grandes centrais sindicais que traem o tempo todo, incluindo as dirigidas pelo PT.
A classe trabalhadora que nos supermercados, nos magazines, nos telemarketings, nos lugares mais precários começa a dar sinais de resistência ao entender que com a reforma trabalhista nossa vida vai virar um inferno. A classe trabalhadora que nos dias 18 e 20 vibrava contrariando toda a rivalidade construída entre os dois países irmãos e gritou bem forte: lutemos como um argentino.
Os empregos que Temer diz que vai aumentar, não à toa, são justamente os postos de trabalho precários e escravistas que vão atingir em cheio as mulheres e os negros. E Temer quer além de tudo ficar lambendo a bota de Maurício Macri este que demonstrou estar disposto a qualquer coisa - até mesmo arrancar o olho de quatro manifestantes - para aprovar a reforma da previdência na Argentina. Enfrentou a dureza das ruas, uma esquerda revolucionária, os cacerolazos, deputados que estão onde tem que estar como Nicolas Del Cano. Nada será como antes na Argentina. Por isso enquanto Temer fica sonhando com a aprovação da Reforma da Previdência no Brasil nós precisamos entoar o canto de guerra dos trabalhadores argentinos "unidade dos trabalhadores e os que não gostem que se danem" entendendo que essa unidade é internacional.
Vamos preparar a nossa resistência. Retomar os sindicatos para as mãos dos trabalhadores. Impor desde a base um plano de luta efetivo por uma nova greve geral no Brasil que derrote a reforma da previdência e anule a reforma trabalhista, dando também mais força a luta dos nossos irmãos de classe na Argentina. Boas festas a todos, apesar do Temer.
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