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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Temer, Maia e Eunício Desmentem declarações de Jucá sobre Reforma da Previdência
Diego Damaceno
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Nesta quarta-feira (13) Romero Jucá (PMDB-RR) deu declarações sobre a Reforma da Previdência que causaram grande polêmica e mal-estar entre Temer e Congresso Nacional. O líder do governo no Senado afirmou “Eu acho que o governo tem que falar a verdade, não adianta o governo mistificar” e completou “O governo tentou fazer um esforço, cresceu o número de votos, mas não tem ainda os 308 votos. Se não tem, o governo tem que dizer que não tem e está tentando conseguir”. Em nota, Jucá ainda anunciou que já foi fechado um “acordo” entre Temer, Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos deputados) e Eunício Oliveira (presidente do Senado) para adiar a votação da mudança da aposentadoria para fevereiro.

Após as declarações o mal- estar e a polêmica entre o alto escalão do governo foi geral. Eunício Oliveira rapidamente declarou “Não fiz reunião com o Michel, não fiz reunião com ninguém” e Rodrigo Maia “Não combinei nada”. Em nota o Palácio do Planalto desmentiu Jucá sobre o suposto “acordo” e declarou que a data da votação será definida nesta quinta (14) entre Temer, Maia e Eunício. Afirmou ainda “está mantida para esta quinta a leitura do relatório da reforma e o início de sua discussão no plenário da Câmara”.

Entenda o Caso

De acordo com os analistas de O Globo e da Folha que estão ligados e envolvidos nos “bastidores” da podridão política de Brasília, de fato integrantes do governo admitiram que o presidente Michel Temer já havia fechado um acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) de que não havia condições de votar a reforma em 2017, em jantar ocorrido nesta terça (12). No entanto, Jucá acabou se precipitando e avançando o sinal pois o Planalto ainda queria tentar conseguir mais votos antes do anúncio.

Alarde na grande mídia: Aumento da pressão pela aprovação da Reforma através de mentiras vestidas de “humor do mercado” e palavras difíceis do “economês”

Com a provável postergação da votação para fevereiro, estamos vendo e vamos ver cada vez mais os principais meios de comunicação do país subirem o tom na pressão pela aprovação da Reforma da Previdência. Com palavras difíceis do “economês” para enganar o trabalhador, a principal mentira é que “sem a Reforma da Previdência a economia do Brasil vai quebrar” e “que a única maneira de não quebrar é atacando o direito dos trabalhadores”. Não à toa após a declaração de Jucá, a Folha destaca que a postergação “piorou o humor do mercado. A Bolsa caiu 1,22% e o dólar fechou em baixa de 0,36%”. Já O Globo que “o governo joga a economia num mar de incertezas, aumenta a desconfiança dos investidores em relação ao ajuste fiscal, o que afeta a queda dos juros e cria volatilidade cambial”. Para combater esses argumentos viemos publicando uma série de artigos como o das 10 mentiras sobre a Reforma da Previdência.

As Centrais Sindicais precisam imediatamente chamar uma Greve Geral contra a Reforma da Previdência e pela anulação da ReformaTrabalhista

Neste contexto, em que Temer está gastando milhões na compra de deputados e a grande mídia está a todo vapor divulgando mentiras sobre a urgência da Reforma da Previdência, é fundamental que as grandes Centrais Sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, UGT) parem com esse trégua absurda que as fizeram, por exemplo, cancelar a greve geral do último dia 05 e coloquem imediatamente um plano de lutas concreto para a construção de uma grande greve geral que é a única maneira de barrarmos as Reformas . Os trabalhadores precisam realizar assembleias de base, lutar com seus métodos históricos como na greve geral de 28 de Abril e tomar os sindicatos das mãos dessas burocracias criminosas que freiam e traem nossas lutas enquanto o que está em jogo são as nossa vidas e o nosso futuro.

O adiamento também deixa o país próximo de um novo rebaixamento por agências de classificação de risco. A perspectiva da nota soberana do Brasil é considerada negativa pelas três principais agências, que já classificam seu rating em nível especulativo — “BB”, para S&P e Fitch, e Ba2, para Moody’s. Elas consideram a reforma da Previdência crucial para a correção de rota da dívida pública brasileira e, logo, para o futuro do rating. Em entrevista ao GLOBO este mês, Moritz Kraemer, chefe global para ratings soberanos da S&P Global Ratings, afirmou que a janela de aprovação da reforma da Previdência estava se fechando, o que poderia representar o gatilho para um novo rebaixamento.

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Quando a Fitch reafirmou a perspectiva negativa do rating no mês passado, ressaltou que o ambiente político desafiador continuava a impedir o progresso da reforma da Previdência. Para a agência, a nota brasileira é limitada por fraquezas estruturais nas finanças públicas, endividamento elevado e perspectiva de crescimento fraco.

Para Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, um eventual adiamento para 2018 não deve afetar a perspectiva de crescimento para a economia no próximo ano.
— O importante é votar a reforma logo. Se ficar para fevereiro, não é ideal, mas não deve ser problema para a retomada econômica, desde que ela seja aprovada — disse o economista.

 
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