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TEATRO
31ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro divulga lista de pré-aprovados
Débora Torres

Foi divulgada hoje a lista dos projetos pré-selecionados da 31º Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para cidade de São Paulo. São 16 coletivos, que terão a partir de hoje o prazo de 3 dias para fazer as devidas readequações orçamentárias por conta dos cortes, que tiveram um teto de 36%.

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Este ano o TCM suspendeu a edição do Programa, o que gerou movimentação dos artistas e trabalhadores da cultura para assegurar o financiamento público de suas produções. Diante disso, o Esquerda Diário lançou uma campanha em defesa do financiamento público da cultura e da arte, e pela preservação das leis de fomento de São Paulo.

Aliás, 2017 vem sendo um ano de sucessivos ataques à arte e à cultura. Exposições censuradas, artistas presos, coletivos inviabilizados de concretizar seus projetos e ecoar sua arte. Em entrevista para o Esquerda Diário, Caio Martinez Pacheco, da trupe Olho da Rua falou sobre censura e repressão.

Os recursos destinados às atividades do MinC sofreram corte de 41%. Somente em São Paulo, com o congelamento e cortes nos Fomentos e Cidadania Cultural, o congelamento chegou a 71,6%. Além disso, foram afetados ainda os projetos VAI e VAI II, Jovem Monitor Cultural, PIÁ e Programa Vocacional. Com as reduções de atividades nos equipamentos públicos, o acesso à arte e à cultura é retirado das periferias, o que deixa bem claro à que veio a política de cortes do tucano João Dória.

Por conta de tantos ataques, artistas e Cooperativas de São Paulo lutaram
em defesa da aplicação da Lei. A pauta das reuniões realizadas com a presença do deputado José Américo e do conselheiro do TCM, Edson Simões visava garantir debates sobre a urgência do desbloqueio da edição.

No dia 14 do mês passado, por fim, a 31ª Edição de Fomento ao Teatro foi liberada. Recuperou-se o acesso a lei que surgiu após anos de luta e organização. É impossível não creditar tal conquista (ainda que a lei de Fomento esteja longe de ser uma política pública que de fato emancipe a arte profundamente) ao movimento Arte contra a Barbárie. O movimento foi fruto da inconformidade de grupos de teatro com os critérios obscuros utilizados pela Lei Rouanet. Após três manifestos públicos e diversas reuniões, debates e construções, a Lei de Fomento ao teatro para cidade de São Paulo surge em 2002, dando condição material para que os coletivos que pautam suas produções para além da indústria cultural possam circular com suas peças, intervenções e publicações.

Cultura é prioridade de Estado, por fundamentar o exercício crítico da cidadania na construção de uma sociedade democrática. […] Para que o país encontre o caminho da promoção das humanidades e se afaste da barbárie, oficial e não-oficial, são necessárias medidas urgentes e concretas. Em nossa área, isso significa o fomento da produção artística continuada e comprometida com a formação crítica do cidadão. (Arte Contra a Barbárie, 2000)

Garantir a aplicação da lei diante de um cenário de censura e repressão à arte que se pretende anticapitalista é motivo de comemoração. Ainda assim, é preciso avançar rumo a verdadeira emancipação da arte.

Chega de desmontes das políticas públicas conquistadas através da luta. A arte não é mercadoria e a cultura é um direito de todos e todas.

Confira a lista de pré-aprovados:

Teatro Ventoforte
Folias d’Arte
Grupo Estelar de Teatro
COMMUNE
Companhia do Feijão
Companhia de Teatro Heliópolis
Tablado de Arruar
Grupo Sobrevento
Grupo Tapa
Companhia do Latão
Teatro Popular União e Olho Vivo
Cia. Teatro Documentário
Grupo Redimunho de Investigação Tetral
Cia. Viradalata
Companhia Antropofágica
Cia Humbalada de Teatro

Imagem: Companhia Antropofágica

 
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