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ESCRAVIDÃO NA LÍBIA
Quilombo Vermelho adere campanha contra a escravidão na Líbia: o povo negro não está à venda!
Quilombo Vermelho
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As fotos dos escravos negros amarrados sendo vendidos na Líbia chocou o mundo nas últimas semanas. É impossível ficar impassível frente às imagens revoltantes, que mostram como em pleno século XXI o capitalismo continua fazendo dos negros e negras uma mercadoria, com abusos e violações que em nada deixam a dever à escravidão de séculos passados. As vítimas dessa barbaridade são trabalhadores negros vindos da África Subsaariana, que imigraram em busca de uma vida melhor e são capturados para serem vendidos como escravos na Líbia. A venda de seres humanos é realizada por leilões, e não levam sequer 10 minutos para serem efetuados.

Trata-se da faceta mais horrenda do capitalismo, e da política do imperialismo. A crise aberta com a intervenção da OTAN na Líbia fez o país se dividir em clãs, destroçando sua economia e unidade territorial, e agora o comércio de escravos é parte desse retrocesso inadmissível. Na medida em que aumentava o comércio de escravos na Líbia, diminuía a entrada de imigrantes em países como a Itália. Há indícios inclusive de que o próprio governo italiano teria se associado às milícias armadas envolvidas nesse tráfico de escravos para diminuir o contingente de imigrantes que chegam à Europa assistência ao tráfico de escravos seria exercida através do apoio italiano prestado ao governo de unidade apoiado pela ONU em Trípoli.

Novamente essa barbárie é sentida na pele dos negros e negras. O Brasil como o país mais negro fora da África tem as marcas da escravidão sentidas até hoje. Aqui os negros ganham até 60% menos que os brancos, e 9 a cada 10 mortos pela polícia racista são negros. Aqui onde o racismo é a marca indelével da burguesia racista, num momento como atual em que os direitos são retirados pelos ataques e as reformas, não podemos ficar impassíveis vendo o retorno da escravidão em qualquer lugar do mundo. Por isso o tráfico e o barbarismo que vemos hoje na Líbia trazido de volta pelo capitalismo contra os nossos irmãos nos atinge também. Marca a nossa pele, rasga a nossa carne e é uma violência contra cada um de nós mesmo, que estejamos a um oceano de distância da Líbia.

É por isso que o Quilombo Vermelho, uma agrupação de negras e negros impulsionada pelo MRT e independentes fundada reunindo centenas em novembro com o objetivo de combater o racismo e o capitalismo, impulsiona junto ao Esquerda Diário a campanha “O povo negro não está à venda! Pelo fim da escravidão na Líbia!”. Essa campanha fundamental foi proposta no lançamento do Quilombo Vermelho na cidade do Rio de Janeiro por uma companheira professora, após ter sido aprovada no Sepe Niteroi. Desde então o SIntusp (Sindicato de Trabalhadores da USP) aderiu a esse chamado e está impulsionando em São Paulo essa importante iniciativa.

O Quilombo Vermelho e o Esquerda Diário chamam a todos os trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, militantes dos Direitos Humanos, da esquerda e todos os que querem transformar essa sociedade de miséria a se unirem e impulsionarem essa campanha com fotos, discussões nos locais de trabalho e estudo, manifestações e todas as ações que estejam a serviço de promover o fim da escravidão na Líbia. A luta contra o capitalismo e o racismo não tem fronteiras!

 
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