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TROPA DE ELITE
Policiais realizam treinamento do BOPE como atração turística em Búzios
Úrsula Noronha

Em um hotel de luxo em Búzios, no Rio de Janeiro, está sendo oferecida a "Experiência do Bope", oportunidade de ser "caveira" por um fim de semana. O serviço foi uma iniciativa do major Ivan Souza Blaz Junior, porta-voz da PM, e Luciano Pedro Barbosa da Silva, da mesma patente. O pacote turístico conta com atividades como resgate de feridos, interrogatório, arremessos de facas e granadas e prática de arco e flecha e, de acordo com um site de hoteis, custa R$ 999 para dois adultos, sendo que crianças de até 11 anos podem participar sem pagar.

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O evento que vai ocorrer de sexta-feira a domingo, além de os compradores terem atividades com os "caveiras", inspirado na rotina do Batalhão de Operações Especiais, tropa de elite da Polícia Militar, eles também vão ter direito a alimentação completa e kit de boas-vindas (boné, mochila, caneta, chocolate, entre outras coisas). O evento contará também com a participação do cantor Egypcio, ex-integrante do Tihuana, grupo autor da música “Tropa de elite/ Osso duro de roer”.

O evento está sendo oferecido pela empresa Skull Experience, que tem membros da Polícia Militar como sócios. O Código Penal Militar tem restrições dos limites dos policiais nas empresas: eles podem ser acionistas, mas não administradores. No site da empresa a atividade oferecida no hotel no qual a diária custa R$ 1.569 está descrita como “aventura operacional que você esperava — Experiência caveira”.

Essa experiência, no entanto, não passa de uma desculpa para lucrar e tentar esconder a verdadeira realidade das ações da polícia. A experiência oferecida passa longe de ser uma retratação da rotina de um integrante da Tropa de Elite, visto que em Niterói, por exemplo, os policiais são responsáveis por 36,8% dos homicídios. A rotina de um policial é atirar afirmando depois que foi bala perdida, tirando a vida de milhares de jovens majoritariamente negros, como foi o caso de Maria Eduarda no Rio.

 
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