Já estamos vivendo a implementação da reforma trabalhista, são diversos casos de absurdos se tornando reais, como o trabalho intermitente onde é impossível ganhar nem que seja um trabalho mínimo. Trabalhadores perdendo ações trabalhistas e ficando com uma divida com as empresas, e agora Michel Temer e Rodrigo Maia correm para aprovar a reforma da previdência, que de enxuta não tem nada, apenas o nome que as mídias junto ao governo deram para fingir ser uma “reforma mais amena”. Mas isso é uma completa mentira. Trata-se de um imenso ataque que fará a maioria dos brasileiros nunca poderem se aposentar ou quando o fazerem receberam só o miserável salário mínimo.
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Fato é que os ataques são duros, mas a força da luta dos trabalhadores também, isso ficou provado na greve geral do dia 28 de Abril, onde a mobilização operaria impediu a aprovação da reforma trabalhista e colocava o próprio governo Temer em xeque. Isso só não ocorreu, pois o governo contou com a cumplicidade das centrais sindicais que barraram a luta no momento. Posto essa experiência vivida com as atuais direções sindicais, se mostra a necessidade de cada trabalhador tomar a luta em suas mãos e se organizar junto aos colegas de trabalho.
A politica não deve ser feita só em Brasília, os trabalhadores podem e fazem política, e agora está colocado entrar no cenário nacional, parando os locais de trabalho e tomando as ruas para mostrar que o governo junto aos empresários não vão nos obrigar a trabalhar até morrer.
Os capitalistas tentam nos tirar esse “poder social” para ficarmos subordinados a de 4 em 4 anos votar em um político que representa os interesses dos banqueiros e empresários. Mesmo Lula (PT) que está tentando se postular como alternativa à crise, na verdade quer manter tudo como está. Já se prepara para governar com o mesmo congresso corrupto para os mesmos empresários. Por isso perdoou os golpistas e por isso não fala nada da resistência contra os ataques. (menciona só um hipotético plebiscito daqui a mais de um ano e que sequer abrangeria todas as reformas Temer).
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Finalmente as centrais convocaram um dia de mobilização. Podemos e devemos tomar em nossas mãos esse chamado para garantir que tenha força. As centrais o convocaram como um dia de “Greve Nacional”, e não “Greve Geral”, tentam desde o nome mostrar que querem um dia controlado e pontual. Contudo não precisa ser assim, se tiver organização pela base onde os trabalhadores discutem e votem, a vontade desses pode se impor e construir uma luta forte para impedir a reforma da previdência.
Se depender dessas direções ficaremos muito longe de uma forte Greve geral que continue com um plano de luta até derrotar o governo, e colocar os trabalhadores como sujeitos políticos que podem definir os rumos do país. Para defender nossos direitos e para desenvolver essa força social que pode questionar os ataques, mas o próprio capitalismo, que precisamos tomar esse chamado em nossas mãos.
Temos que parar tudo nesse dia 05. Tomarmos essa luta em nossas mãos obrigando que as centrais parem e usem o enorme aparato que elas dispõem a serviço dos trabalhadores.
É preciso dar um basta, a cada dia que vamos nos hospitais e não temos atendimento, que nossos filhos, irmãos e país precisam se matar de trabalhar, mal tem tempo de se verem, de terem lazer, tempo para estudo e convívio. E ainda querem nos tirar a aposentadoria e o direito de envelhecer, para literalmente trabalhemos até morrer enquanto políticos, juízes e patrões vivem com o luxo, as viagens e a boa vida.
Esse mundo não merece existir, baseado na exploração e desigualdade. Nesse dia 05 temos que parar tudo para defender nossa aposentadoria e direitos trabalhistas mostrando o embrião da força motora para colocar abaixo o Capitalismo e construir sobre novas bases um mundo que valha a pena ser construído.
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