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AS DOAÇÕES DE DORIA
Gestão Doria descarta um terço dos remédios doados por empresas por estarem vencidos
Redação
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Desde a campanha, João Doria sempre vendeu a absurda ideia de que a parceria com "empresas amigas" seria o que salvaria a cidade de São Paulo. Queria que acreditássemos que empresas capitalistas, cujo único objetivo é gerar lucro, contribuiriam com a prefeitura de forma desinteressada e altruísta. O que se escondia por trás disso é o interesse de Doria de beneficiar empresários e aumentar seus lucros.

Mais uma vez, a farsa dessas "gentilezas empresariais" se mostrou abertamente: laboratórios farmacêuticos doaram 165 tipos de medicamentos, e pelo menos metade venceria em menos de um ano, o que significa que era proibido por lei de serem comercializados pelos seus fabricantes.

Isso levou a que o volume de descarte dos remédios doados chegasse a um terço do total, e se tornasse cinco vezes maior do que o descarte de medicamentos do ano anterior. Para as empresas, trata-se de um ótimo negócio, pois todos os cuidados necessários para o descarte dos remédios - que exigem uma série de precauções e procedimentos especiais - saíram das mãos das empresas, gerando uma imensa economia aos capitalistas, e passaram para a responsabilidade da prefeitura. Além disso, as empresas tiveram isenção fiscal por causa das doações. A estimativa é que tenham sido gastos R$ 60 mil do orçamento público nesse descarte.

Entre junho e agosto foram três toneladas de remédios jogados fora: 157 mil comprimidos descartados contra somente 35 mil no ano anterior. Entre os remédios dessa lista estão sete mil caixas de Omeprazol, 25% do total doado; 7 mil dos 19 mil frascos de Clonazepam, 35% do total; 58 mil comprimidos de Espironolactona, 22% do total; 54 mil comprimidos de amitriptilina, entre tantos outros.

Em fevereiro, Doria anunciou que R$ 120 milhões em remédios seriam doados. Até hoje, as unidades de saúde receberam somente 10% desse valor. De acordo com a prefeitura, isso acontece porque um laboratório que prometeu entregar os 90% restantes não doou os remédios. A prefeitura não informa qual é esse laboratório.
Mesmo após dez meses, o dado incorreto continua exibido no Portal da Tansparência.

 
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