Os estudantes reunidos debateram e decidiram desocupar o prédio da FAFIL, ocupando o prédio da reitoria do centro universitário, a fim de dar início a um diálogo com os estudantes que são contra a ocupação da faculdade, a qual estaria impedindo o fechamento do ano letivo nos cursos da instituição, mas também estes alunos são contrários ao aumento abusivo das mensalidades.
A reitoria do Centro Universitário, mais uma vez, como denunciamos aqui demonstrou-se extremamente intransigente ao enviar um mandado de reintegração de posse do prédio da FAFIL, por fora de uma negociação com a direção da faculdade com os estudantes. Esta reintegração veio para garantir que a prova da FUVEST ocorresse neste final de semana no prédio da FAFIL, mas que é importante refletirmos que tem como pano de fundo o caráter que a reitoria e alguns professores visam que a Fundação Santo André possua, a de uma faculdade à serviço do filtro social do vestibular, que como sabemos não garante a entrada da juventude pobre e negra na universidade. Jovens que também merecem dar continuidade aos estudos no ensino superior, sabendo-se que ainda que o ensino público, tanto no nível fundamental quanto no médio é extremamente precário e não garante que os estudantes compreendam de fato conteúdos fundamentais de ciências naturais, conceitos básicos de biológicas e no aspecto das ciências humanas, a história dos negros não é contada sob o ponto de vista deles e não dos feitores e senhores de escravos, dos quilombolas, dos indígenas, dos trabalhadores do campo e não dos donos de terras e latifundiários.
Conforme Rafael Magrão do Diretório Acadêmico da FAFIL: "este caráter elitista, em que o ensino superior é privilégio de poucos, é o oposto do que os estudantes da Fundação lutam hoje e vem lutando desde 2007, de que o ensino superior de qualidade seja acessível aos filhos da classe trabalhadora e ao povo pobre, que seja possível também permanecer estudando durante todo o curso e que infelizmente os rombos orçamentários, a falta de repasse da prefeitura de Santo André e mais recentemente a aprovação da PEC dos gastos públicos levaram a este conflito atual.
Seguimos na batalha para negociar 0% de aumento, flexibilização dos acordos, abertura de todas as turmas e a garantia do ponto de todos os trabalhadores da FAFIL na perspectiva da garantia da Fundação pública, gratuita e a serviço de trabalhadores!!"
Todo apoio aos estudantes em luta da FAFIL na Fundação Santo André!
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