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RACISMO
Mesa sobre intelectuais negros na Fundação Santo André é hostilizada por declarações racistas
Redação
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Desde quinta feira dia (16) os estudantes da FAFIL- Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, reocuparam o prédio contra a traição da reitoria e do CONDIR (Conselho Diretor) que a princípio se comprometeu a revogar o aumento de 6,5% e não cumpriu.

No dia 20 de novembro dia da Consciência Negra, dia de luta importante para o Movimento Negro, pois se contrapõe ao 13 de maio, dia da Falsa abolição, os estudantes organizaram uma mesa sobre “intelectuais negros” dentro da ocupação como parte do cronograma de atividades que tem ocorrido.

Ao postar nas redes sociais a divulgação da nota uma estudante atacou a atividade de maneira completamente racista, com injúrias raciais, dizendo: “Banho que é bom...” e a partir disso as ofensas começaram.

Mais racismo na assembleia do dia (22)

Uma assembleia foi convocada com o intuito de pensar os rumos do movimento, sendo assim, uma estudante do curso de história fez uma fala denunciando o caso de racismo que ocorreu na internet em um post sobre uma mesa no dia 20, sobre consciência negra, neste momento um setor dos estudantes que estava na assembleia, ao ouvir o relato da aula começou a falar “foda-se”, outros alegavam que “está certo” os ataques racistas.

Extremo absurdo pois num espaço de produção de conhecimento e ainda mais em uma assembléia, se supõe que afirmações como essa não deveriam acontecer.

Educação de qualidade, trabalhadores e negros na universidade!

Em São Bernardo tem ocorrido a maior ocupação dos últimos tempos, são milhares de famílias do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, luta importantíssima em um cenário de retirada de direitos aonde direitos elementares nos são negados pelo estado. Para o movimento estudantil essa aliança é fundamental, pois a aliança operária estudantil é a base mais forte de luta contra os ataques do governo e da reitoria.

Nesta última assembléia membros do MTST chegaram na ocupação para prestar solidariedade aos estudantes ocupados: “Viemos dizer que a luta de vocês, também é nossa luta e podem contar com a gente no que for preciso”. Quando os membros do MTST chegarem na assembléia, e a universidade vem de uma história contraditória de elitização e sucateamento, com cursos cada vez mais caros, os trabalhadores vão sendo aos poucos expulsos e é visível que poucos negros estudam na FSA.

Os estudantes ao não estarem acostumados a ver tantos negros na universidade, o racismo falou bem mais alto e as pessoas começaram a ir embora com “medo de ser roubada”, “Nossa devem ser os moradores da Tamarutaca, vou embora daqui”.

A luta na FAFIL além de ser contra as altas mensalidades é também uma luta em defesa da Educação pública, gratuita e de qualidade a serviço dos trabalhadores e dos setores oprimidos; o movimento é contrário a qualquer manifestação de racismo e qualquer forma de preconceito.

A FSA precisa ter suas portas abertas inclusive aos moradores das favelas ao redor que ao contrário de serem inimigos, devem ser nossos aliados. Eles têm ajudado a ocupação com alimentos e muita solidariedade os ocupantes.

Por isso, nós do Esquerda Diário repudiamos toda e qualquer forma de racismo dentro e fora da universidade e nos solidarizamos com as estudantes nos somando ao grito de RACISTAS NÃO PASSARÃO!

 
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