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ESCOLA SEM PARTIDO
Professora da UFBA é ameaçada de morte por pesquisar gênero e sexualidade
Redação
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Três professores da Universidade Federal da Bahia(UFBA) foram ameaçados, um deles de morte, por conta do teor das pesquisas que desenvolvem na Universidade. Além dos três professores, uma aluna do mestrado também foi ameaçada dias antes da apresentação de sua dissertação.

"Em episódios recentes, verificamos ameaças de morte e outros tipos de violência contra uma de nossas docentes, pesquisadora do Neim; a tentativa de impedimento de defesa de uma dissertação de Mestrado de aluno do IHAC (Instituto de Humanidades, Artes e Ciências), tendo que solicitar a segurança da própria Universidade; e a perseguição e ridicularização nas redes sociais de projetos de pesquisa e extensão que versam sobre essas temáticas", destaca o reitor, em nota divulgada pela instituição.

A professora citada recebeu as ameaças por desenvolver pesquisas relacionadas à divisão sexual do trabalho. Os ataques contra ela ocorrem há cerca de um mês. Além de lecionar, a vítima é pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim), grupo de estudos sobre gênero e sexualidade vinculado à graduação de Ciências Sociais.

Segundo Maíra Kubik Mano, uma das 15 pesquisadoras do NEIM(Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher), os ataques têm relação com a linha de pesquisa da vítima e à onda de conservadorismo que ocorre no país. "Essas ameaças estão diretamente vinculadas à questão da legitimação dos nossos estudos de gênero. Acho que esse ataque tem relação também com o que o nosso país tem vivido, revelando um nível de ódio impressionante, algo chocante que mostra como as pessoas estão fazendo uma associação muito rasa", considera.

No último dia 6, a Ufba precisou reforçar a segurança na porta de uma sala onde acontecia a defesa de uma dissertação de mestrado depois que a estudante que apresentava o trabalho foi ameaçada, através das redes sociais. O orientador do trabalho, professor Leandro Colling, contou que o tema da pesquisa era sobre sexualidade e diversidade de gênero na educação infantil. Colling criou e coordena o grupo de pesquisa Cultura e Sexualidade (CUS) da Ufba, que discute sexualidade e diversidade de gênero.

Diversas ações de grupos intolerantes, racistas, homofóbicos têm surgido no país, cada vez mais abertamente, fruto da polarização social e política que existe hoje. É necessário cercar de solidariedade todos os que sofrem com perseguições e agressões de grupos fascistas e de direita, e organizar a resistência e cada local onde surgir uma ameaça dessas.

 
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