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Reforma da Previdência
Temer sonha acabar com aposentadoria e articula jantar pra comprar votos pró-reforma
Redação

Através de almoços e jantares com políticos, Temer pretende apoio para conseguir passar ainda em 2017 o que chamou de versão "possível" da reforma da previdência, que não é a dos seus "sonhos", mas mantém ataques brutais

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A Reforma da Previdência proposta pelo golpista Temer não conseguiu após mais de um ano o apoio dos 308 deputados necessários para sua aprovação. Isso porque a medida forçará milhões de brasileiros a trabalharem até morrer, o que a torna extremamente difícil de engolir.

Fácil de engolir é a comida servida por Temer nos almoços e jantares que vem promovendo com os políticos, para tentar facilitar a aprovação da lei. São eventos onde a compra dos votos pode ser disfarçada, e onde as trocas de favores e negociatas acontecem abertamente. Hoje acontecem dois desses eventos. No almoço, Temer recebe governadores e prefeitos, e no jantar deputados.

Temer reduziu sua proposta a alguns pontos centrais mantendo a brutalidade dos ataques, e espera conseguir aprovar em primeiro turno na Câmara essa versão que chamou de "possível" da Reforma já na primeira semana de dezembro, para que o segundo turno aconteça antes do recesso de fim de ano. Ao mesmo tempo, já está articulando o apoio dos senadores para que a Reforma seja aprovada no início de 2018 sem possíveis modificações que forçassem um retorno à Câmara dos Deputados, o que impossibilitaria sua implementação antes das eleições. Caso os senadores queiram mudar algum ponto, Temer propõe que aprovem aquilo que houver acordo, reduzindo mais a proposta, mas mantendo ataques fundamentais aos trabalhadores.

Ao declarar que a Reforma da Previdência alterada não é a "dos sonhos", Temer quer dar a impressão de que a nova versão é mais branda, lançou até campanha publicitária para buscar maior popularidade sobre este tema. No entanto, na verdade a "nova" versão da reforma mantém o sentido de acabar com o direito a aposentadoria dos trabalhadores.

Temer já reconhece que não será capaz de passar a reforma da forma como anteriormente pretendia, mas ainda está tentando de tudo para poder dizer ao empresariado que ele foi o responsável por aprovar essa reforma, ainda que segundo ele mesmo seja insuficiente para seus objetivos. Ele sabe que pegaria muito mal para qualquer presidente eleito levar adiante uma medida impopular como essa, e que seu governo golpista é o ideal para isso. Sabe também que qualquer pacote de “reforma da reforma”, que inevitavelmente seria proposto por seu sucessor, poderia ter mais facilidade de ser aprovado, porque poderia ser disfarçado como uma melhoria, quando na verdade seria a forma de se passar tudo o que hoje está sendo cortado da proposta atual. Contudo, é importante notar que a versão modificada está longe de manter o direito à aposentadoria aos trabalhadores, pelo contrário, segue sendo um ataque frontal, ainda que os "sonhos" de Temer sejam ainda mais sanguinários.

 
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