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VIOLÊNCIA POLICIAL
No dia da consciência negra, polícia reprime violentamente camelôs no centro de São Paulo
Redação
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Fotos: reprodução/ TV Globo

No dia da consciência negra, um grande grupo de camelôs, em sua maioria negros, foi brutalmente atacado pela polícia militar no centro de São Paulo. Eles tiveram mercadorias apreendidas, alguns foram imobilizados com gravatas e outros apanharam de cacetetes.

Ivanildo Moreira de Castro (veja foto abaixo), teve sua mercadoria apreendida e foi golpeado na cabeça. Ele disse à equipe da Globo: "Eu estava trabalhando como ambulante, eu sou ambulante, aí eu tava correndo com a minha mercadoria. Eu tava tentando levar a minha mercadoria. Um deles [policial] deu duas pauladas, uma cabeça e outra aqui. E quebrou a minha cabeça”.

Outro tomou uma gravata de um policial devido a seu "crime" de tentar salvar seu carrinho de milho, que a policial roubou após agredí-lo.

Cinicamente, a PM afirmou que os policiais agiram "em legítima defesa" porque foram "atacados" pelos ambulantes. Ainda que fosse verdade, seriam esses vendedores que estariam agindo em legítima defesa diante do roubo de seu ganha-pão feito pelo Estado. Sobre as mercadorias apreendidas, a Prefeitura Regional da Sé informou que todos os produtos lacrados e com nota fiscal podem ser retirados, com exceção dos produtos perecíveis.

Ou seja, sem conseguir emprego, os ambulantes são levados à precária vida do trabalho informal de vendedores nas ruas; ainda assim, o Estado manda seus cães de guarda armados para agredir e roubar as mercadorias. Esse é o tratamento que o Estado capitalista dá aos trabalhadores desempregados - que, nesse país racista, são em sua maioria negros.

Um dos ambulantes expressou sua revolta com as seguintes palavras, falando à TV Globo: “O Brasil tá em crise, ninguém tem dinheiro pra nada. Todo mundo está vendendo as coisinhas aí na rua aí, ó. Todo mundo trabalhando. O cara lá, ó, só não perdeu o carrinho por causa de nós, filma lá”.

 
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