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FEMINICIDIO
Irmãs são queimadas nuas pelo padrasto e não sabem que sua mãe está morta
Redação

No país que mais mata trans no mundo, que avançou para criminalizar o aborto até em casos de estupro e no qual recentemente Raphaella foi morta em Goiás com 11 tiros por negar um namoro, temos mais um caso de feminicídio: irmãs são queimadas nuas pelo padrasto e não sabem que sua mãe foi assassinada por ele há 15 dias.

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Nesta manhã de domingo (29), duas irmãs de 5 e 7 anos foram encontradas nuas com queimaduras graves de até 4º grau na Zona Rural de Rolim de Moura (RO), na Zona da Mata. Na segunda-feira (30), a mãe delas foi encontrada morta na casa ao lado da que a família morava, em Santa Luzia do Oeste (RO). As meninas ainda estão internadas em Porto Velho com mais de 30% do corpo queimado, e ainda não sabem que a mãe foi morta pelo padastro.

O pediatra do Hospital Cosme e Damião, Reginaldo Lourenço, onde elas estão internadas, afirmou que nas úlltimas 72 horas houve uma melhora significativa no quadro das irmãs, e a mais velha foi retirada da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas elas ainda correm risco de infecções por estarem com áreas do corpo expostas. Elas já se encontraram após tentativa de assassinato e estão sendo acompanhada pela tia. Apesar de estarem cientes do que aconteceu, Reginaldo afirmou que a notícia de que a mãe foi morta pelo padrasto será dada na hora mais propícia pelo setor de psicologia e de assistência social.

A mais velha estava com queimadura de 2º grau em quase todo o corpo, além disso, ela tinha vários ferimentos e um corte profundo na cabeça. A mais nova também tem queimaduras, só que com menor intensidade, porém, apresentava diversos hematomas e diversos dentes quebrados, provavelmente por socos

Em um período de ataques do governo como a Reforma Trabalhista que destrói a vida dos trabalhadores e da juventude, especialmente das mulheres, vemos, também, nosso direito mais essencial em risco: o da vida. Casos de feminicídio continuam acontecendo e o Estado avança permitindo isso, como aconteceu com o progresso na câmara dos deputados para criminalizar o aborto em casos de estupro. Precisamos mostrar nossa força exigindo nossas vidas e mostrar que não aceitaremos duas crianças sendo queimadas nuas pelo padrasto, não aceitaremos a morte da mãe delas e nem de qualquer outra mulher pelo ódio irracional.

 
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