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O PT E O GOLPE
Lula perdoa os golpistas e Dilma perdoa "aqueles que bateram panela"
Bruna Motta

Se já não bastasse o perdão de Lula aos golpistas, agora Dilma afirma em entrevista que é “preciso perdoar as pessoas que bateram panela”, defendendo o movimento pró golpe institucional que colocou os golpistas no poder, dizendo que “não se deve ter espírito vingativo nas próximas eleições”.

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Em entrevista à Deutsche Welle - emissora internacional alemã - no dia 13 de novembro, a ex-presidenta Dilma Rousseff afirmou que é “preciso perdoar as pessoas que bateram panela” alegando que muitos que estavam nas ruas lutando pelo golpe institucional acreditavam que faziam o melhor para o país e hoje perceberam o erro. Também disse que é necessário criar um clima de reencontro no Brasil, e por isso “não deve ter espírito vingativo nas próximas eleições”.

Quando questionada sobre alianças com o PMDB, as quais justamente abriram espaço ao golpe, Dilma afirmou que não existe problemas em fazer alianças com figuras como Roberto Requião e Kátia Abreu (!) ou ainda com Renan Calheiros. O próprio PT já busca alianças com políticos do PMDB em oito estados diferentes e Lula também já havia afirmado que “perdoa os golpistas”.

Dilma diz ainda durante a entrevista, quando questionada se o Brasil não precisa de uma renovação na política, que o PT ainda é o novo no país.
Entretanto, ao contrário de ser uma "nova alternativa" às reformas e aos ataques que vem sendo despejados nas trabalhadoras e trabalhadores, Dilma, Lula e o PT seguem com a velha estratégia de conciliação com a direita golpista.

Foi exatamente essa estratégia de alianças com setores da direita e de empresários que abriu espaço para que o golpe se consolidasse, sendo para esses setores uma alternativa para conseguir aprovar as reformas e outros ataques de maneira mais rápida do que o PT conseguiria fazer.

Se as reformas representam um enorme ataque ao conjunto da classe trabalhadora, isso se aprofunda ainda mais e relação aos trabalhadores e trabalhadoras negras que já representam o setor mais precarizado da classe trabalhadora, ocupando os piores postos de trabalho, com menores salários e direitos flexíveis, sendo as mulheres negras uma ampla maioria entre trabalhadoras terceirizadas, trabalho esse que cresceu enormemente durante o governo do PT.

Essas condições só tendem a piorar com a aprovação da Reforma Trabalhista e da Terceirização irrestrita, além da flexibilização na regularização do trabalho escravo.

Não será se aliando com os setores que aprovaram - e se beneficiam - as Reformas um meio para combatê-las, assim como também não foi se aliando com a direita golpista um meio de combater o golpe.

 
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