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Campanha "Parar o RS contra Sartori e os Ataques"
A juventude precisa apoiar as greves do Rio Grande do Sul
Bianca Coelho - Estudante de Letras USP

As greves dos professores e municipários do Rio Grande do Sul são lutas massivas contra os pacotes de privatização e congelamento de salários do PMDB e PSDB, partidos que contam com o apoio das direções sindicais petistas imersas no imobilismo. É necessário que a juventude cerque de solidariedade essas lutas, que mostram o caminho para barrar os ataques da direita.

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A perspectiva que um governo como o do golpista Temer e seus aliados traz para a juventude hoje é de um futuro de trabalhos precários aprovados pela nova reforma trabalhista, e de trabalho até morrer, com a reforma da previdência que pretendem votar o mais rápido possível. Além disso, há todo o ataque ideológico da direita, que pela via do MBL, Escola sem Partido, etc. querem avançar sobre nosso gênero e sexualidade com a “Cura Gay”, impedir debates sobre este e outros temas nas escolas, museus, teatros... A nossa perspectiva não pode ser esperar de braços cruzados que tudo isso ocorra.

Uma das bases fundamentais das reformas do governo golpista é a renegociação da dívida com os estados, que serve como um pretexto para que se imponha um plano de privatizações e congelamento de salários do funcionarismo público. Até agora o único estado que assinou o acordo foi o Rio de Janeiro, que não por acaso é um dos pólos que mais sofre hoje com a conjuntura desfavorável em que estamos, afinal a cidade está tomada por tropas nas ruas, cometendo todos os tipos de atrocidades.

O pólo oposto a isso é o estado do Rio Grande do Sul, em que os professores e municipários de Porto Alegre estão em uma forte greve contra os ajustes de Temer, aliado a Marchezan e Sartori, que incluem o parcelamento, congelamento e até redução dos salários e direitos adquiridos, mudanças nas rotinas de trabalho das escolas, propostas de fechamento e reorganização de secretarias, atrasos de salários e demissões de terceirizadas. Se o Sul sai vitorioso nessa greve, barrando o acordo de temer, podemos ter um impulso para os trabalhadores e a juventude de todo o Brasil a se mobilizarem contra os absurdo que estão sofrendo.

Essas lutas em curso são um exemplo fundamental neste momento de refluxo a nível nacional, que se dá após a traição das grandes centrais sindicais à paralisação nacional do dia 30 de junho, que deveria ter dado continuidade à forte mobilização aberta no dia 28 de abril, e poderia ter barrado a aprovação da reforma trabalhista no congresso. Mesmo com todas as traições, os trabalhadores do Rio Grande do Sul mostram que ainda há muita disposição de luta, se organizando em seus locais de trabalho e obrigando as direções petistas a convocarem greves mesmo contra sua vontade.

Para romper com essa paralisia das centrais, nós da juventude Faísca impulsionamos junto a independentes comitês de apoio às greves na UFRGS e na UCS (Universidade de Caxias do Sul), chegando a fazer atos e trancaços junto aos trabalhadores. É essencial que a esquerda pare de dar as costas para essa greve e chame nesse momento uma forte campanha de apoio. A partir do Esquerda Diário, estamos chamando todos a participarem da campanha "Parar o RS contra Sartori e os Ataques", cobrando as centrais sindicais para que chamem as outras categorias a pararem.

Assim como a juventude parisiense em maio de 68 se aliou com os trabalhadores dizendo “sejamos realistas, exijamos o impossível”, é preciso que todos os jovens que hoje vêm com revolta seu futuro sendo traçado por políticos a serviço de empresários se apoiem nesta importante luta dos trabalhadores do Rio Grande do Sul, que são um pólo de resistência, em meio ao duro cenário em que vivemos, e mostram o caminho para que barremos todos os ataques que nos são impostos.

Os milhares de jovens que saíram nas ruas em 2013, os secundaristas que venceram Alckmin contra a reorganização escolar, o movimento estudantil das universidades que já cumpriu papel fundamental na história brasileira contra a ditadura militar: é preciso que retomemos essa força da juventude, que pode ser a faísca para reacender um movimento em que entre em cena a classe trabalhadora, que por seu papel fundamental na produção é quem tem a força material de botar abaixo o sistema de exploração e opressão em que vivemos.

 
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