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PARAR O RIO GRANDE DO SUL
Parar o RS no dia 10 de novembro contra Sartori, Marchezan e Temer
Valéria Muller

No dia 10 de novembro as centrais sindicais convocam, ainda que timidamente, um dia de lutas contra as reformas. Com a força das greves dos educadores da rede pública estadual e dos municipários de Porto Alegre, que contam com grande apoio da população, é possível que este dia seja uma verdadeira paralisação geral no estado.

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As greves no Rio Grande do Sul são um grande exemplo para a classe trabalhadora de todo o país. No estado os professores e profissionais da educação enfrentam a crise que Sartori (PMDB) quer jogar nas costas da classe trabalhadora e do povo pobre. Em Porto Alegre os municipários em greve combatem o sucateamento que Nelson Marchezan Jr (PSDB) quer impôr na cidade. Na Carris os rodoviários fazem uma vigília permanente contra a privatização da Companhia, que Jr. pretende implementar.

Essas lutas têm tido um grande apoio da população, que também repudia esses governos, os parcelamentos de salários e as privatização que querem impôr. A força dessas greves e o apoio da classe trabalhadora gaúcha à essas lutas colocam a possibilidade real de impôr uma derrota ao projeto golpista que querem implementar no Rio Grande do Sul, o mesmo que Temer vem implementando no país. E para impôr uma derrota desta magnitude é necessário que outras categorias de trabalhadores também se coloquem em luta.

Nós do Esquerda Diário viemos insistindo na necessidade de massificação e unificação destas greves, com agendas em comum e atos unificados em horários em que estudantes e outras categorias de trabalhadores possam se somar, como parte da preparação de uma greve geral no estado, para mostrar a Sartori e Marchezan que a classe trabalhadora gaúcha não vai pagar pela crise. A luta contra esses governos se espalhar a outras categorias e setores da sociedade gaúcha, como os estudantes e movimentos sociais, é a única via real de garantir uma vitória dos trabalhadores.

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As centrais sindicais convocam, ainda que timidamente, um dia nacional de lutas contra as reformas de Temer para 10 de novembro. Se no restante do país ainda pesa a traição dessas mesmas centrais sindicais no que deveria ter sido uma greve geral em 30 de junho, no Rio Grande do Sul está aberta a possibilidade de parar completamente o estado neste dia, fazendo Sartori, Temer e Marchezan tremerem, e dando um grande exemplo para a classe trabalhadora de todo o país.

No caso da CTB o chamado é especificamente destinado ao RS, mostrando, desde já, que no restante do país está disposta a boicotar novamente a luta. Já a CUT convoca em seu site "paralisação nacional", ainda que nas categorias onde controla o sindicato o chamado não mantenha este caráter nem nas palavras nem nas ações. Até mesmo a patronal Força Sindical diz que vai colocar "toda a força" neste dia, também com medo de falar em paralisação.

Está claro que a força que pode transformar este chamado em uma verdadeira paralisação geral é a pressão dos trabalhadores, que precisam tomar em suas mãos esta luta. No Rio Grande do Sul é necessário se apoiar na força e no exemplo das greves e das lutas que atualmente já sacodem o estado para exigir assembleias em cada categoria e organizar a paralisação. Pressionar as centrais sindicais e os sindicatos mas também se organizar em cada local de trabalho para exigir a construção e convocação real deste dia.

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Assim é possível retomar no estado o caminho da greve geral, impondo às direções dos sindicatos e das centrais que coloquem seu aparato a serviço de construir essa paralisação. Isso significa que é necessário que convoquem o dia 10 de novembro massivamente, com outdoors, cartazes, panfletagens e carros de som nas ruas das cidades, assim como fizeram para o dia 28 de abril.

Os parlamentares do PSOL e os movimentos sociais também precisam fortalecer essa convocação, e propôr medidas concretas para a luta que a no RS se massifique e seja capaz de derrotar Sartori e Marchezan. Utilizar seu peso e seu alcance para reforçar o chamado a parar o estado fortalecendo as lutas em curso.

Um grande exemplo vindo do sul serviria de inspiração para a classe trabalhadora de todo o país. Impôr uma derrota a Sartori e Marchezan no Rio Grande do Sul deve mostrar a professores, servidores e outras categorias Brasil à fora que é possível enfrentar o projeto golpista em cada local, e retomar nacionalmente a luta pela anulação da reforma trabalhista, da PEC do teto de gastos, da terceirização irrestrita e também contra a reforma da previdência. Para isso é urgente começar a construção do dia 11 de novembro no Rio Grande do Sul. Pressionar as centrais sindicais se organizando em cada local de trabalho para exigir assembleias de base que paralisem o transporte, a indústria os serviços, e exigindo a divulgação ofensiva deste dia.

A traição do dia 30 de junho mostrou que a centrais sindicais não estão dispostas a levar até o final a luta contra Temer e as reformas nacionalmente. Só estavam preocupadas com a manutenção de seu aparato pela via do imposto sindical e agora seguem negociando com Temer. Este tímido chamado mostra que essa traição deve se repetir contra Sartori e Marchezan no RS. Somente uma forte pressão das bases, com a classe trabalhadora de todo o estado seguindo os exemplos dos professores, municipários e rodoviários da Carris e tomando em suas mãos o dia 10 de novembro, pode inverter essa lógica e abrir o caminho para parar o estado contra Temer, Sartori e Marchezan.

 
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