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Alexandre Moraes, ministro do STF, defende que sangue de homossexuais seja tratado diferente
Amanda Navarro

Há 30 anos homossexualidade foi retirada da lista internacional de doenças, e Alexandre Morares, ministro do STF, ainda acha que sangue de homossexuais devem ser tratados diferente dos demais.

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Hoje, 25, foi retomado pelo Supremo Tribunal Federal, o julgamento que analisa as regras de doação de sangue por gays. Alexandre Moraes, ministro do STF, defendeu que a doação de sangue por homens gays que fizeram sexo com outros homens estão proibidos de fazer a doação pelo período de 1 ano a partir da relação sexual.

A retomada deste julgamento mostra que, mesmo após as grandes batalhas travadas pela comunidade LGBT para poder vencer o preconceito e a visão de homossexualidade como doença, e romper com o estigma de que os homossexuais são, devido sua orientação, mais propensos a serem soropositivos ou conterem outros tipos de doenças, as camadas conservadoras continuam atacando.

A homossexualidade foi retirada da lista internacional de doenças desde 1990, entretanto, o estereótipo em torno da comunidade LGBT persiste em discursos como de Alexandre Moraes, que subentende que, apenas pela orientação sexual do indivíduo, seu sangue está mais propenso a estar contaminado. Todas as amostras de sangue são testadas quanto à possível presença de doenças, como hepatites, HIV, sífilis, entre outras. Não deve haver diferença alguma na forma como os doadores LGBTs devem ser tratados, pois não há diferença no procedimento que garante a segurança de qualquer tipo de doador. A diferença de critérios para LGBTs e heterossexuais apenas retomará este estigma fruto do preconceito.

Em tempos de "cura gay", discursos homofóbicos como os de Alexandre Moraes, tomam força e é preciso se mobilizar e combater tais discursos carregados de preconceitos e estigmas. Em 6 anos, o Brasil dobrou o número de pessoas com HIV e não é uma doença exclusiva de LGBTs e em 2012, 67,5% dos casos eram em pessoas heterossexuais. Ao contrário do que Alexandre Moraes e outros conservadores esperam, os indivíduos heterossexuais não são imunes às doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, e o combate real dessas doenças se dará através de educação sexual e uso de proteção durante os atos sexuais.

 
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