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TRABALHO ESCRAVO
Ministro tucano fala em mudar regras sobre o trabalho escravo: apenas para inglês ver
Redação
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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Após Temer anunciar intenção em acatar sugestões de Raquel Dodge para precisar o conceito de trabalho escravo, hoje o tucano Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores, reforçou a disposição do governo em aproximar o conceito do Código Penal brasileiro. Chama a atenção como se trata de discurso para "inglês ver" que o discurso foi proferido por ministro das Relações Exteriores, e não pelo ministro do Trabalho ou da Agricultura.

Na semana passada, organismos internacionais multilaterais como a ONU e OIT fizeram duras críticas às alterações propostas na portaria 1.129. Uma emissora pública de TV alemã divulgou um documentário sobre o uso de trabalho escravo na cadeia de produção das balas de goma “gummibärchen”. As balas são revestidas de cera de carnaúba extraída no Nordeste brasileiro.

Ontem foi divulgada a lista de 132 empregadores autuados por escravizar trabalhadores. Além da área de extração de carnaúba na zona rural de Santa Cruz do Piauí/PI, denunciada no documentário alemão, um escandaloso número de fazendas mostram a situação de fragilidade em que se encontram os trabalhadores rurais, em particular do Norte e Nordeste do Brasil, nas mãos dos grandes latifundiários. Também foram autuadas empresas no Centro-oeste, Sudeste e Sul, além de construtoras e as já reincidentes oficinas de costuras de São Paulo.

Este pronunciamento do ministro tucano é muito mais “para inglês ver” e para acalmar os ânimos das críticas em meio às negociações para o acordo entre a União Européia e o Mercosul do que um recuo sério neste enorme ataque aos trabalhadores.

 
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