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ESCOLA COM EXERCITO
Estudantes desmaiam em atividade do Exército: o "método pedagógico" da tortura
Isa Santos
Assistente social e residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ
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Foto do G1

Na manhã desta sexta feira, na Escola Municipal Caroline Campelo (Palmas\TC), cerca de 20 alunos passaram mal e 9 desmaiaram. O ocorrido foi resultado de mais de 1 hora e 30 minutos dos alunos “em forma”, em pé, no sol da quadra da Escola, para uma solenidade de acordo com o relato de um funcionário ao portal de notícias G1. Um verdadeiro método de tortura aos jovens e mostra concepção de "educação" do exército apoiador da "Escola sem Partido".

A atividade que estava sendo realizada pela primeira vez em consequência de uma parceria firmada através de um Termo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura de Palmas e Associação de Amigos do Batalhão Tocantins (AABTO). A parceria, firmada em setembro deste ano, coloca 3 instituições de ensino de horário integral em uma parceria que nas palavras do secretário de educação iria “trazer para o ambiente da escola o exemplo do civismo”. Na prática, porém, o resultado são crianças e adolescentes desmaiados no ambiente escolar e tendo que honrar uma instituição composta por uma série de apoiadores da ditadura, e ex torturadores que ficaram impunes devido a lei da anistia.

A atividade está prevista para acontecer 3 vezes na semana e na sua primeira realização contou com a presença do Secretário da educação da capital, Danilo Melo e representantes do Exército. Mesmo com os desmaios, e mínimo duas dezenas de estudantes passando mal, a atividade não foi interrompida. Um claro método de tortura contra os jovens. Essa é a "concepção de educação" do exercito que apoia a Escola sem partido, logo se vê como seriam as escolas se esse projeto já existisse.

É essa realidade que os apoiadores do "Escola sem Partido" desejam para as crianças matriculadas na rede pública de todo país. Hoje o projeto Escola sem Partido, que tem entre o seus principais apoiadores os seguintes partidos DEM, PSDB, PMDB, PP, PSC e PR e o MBL (Movimento Brasil Livre). O projeto que vende uma falsa neutralidade do ensino na verdade busca censurar os professores e impedir que debates sobre temas tão fundamentais atualmente, como o debate gênero, sexualidade, as desigualdades sociais, o racismo, a intolerância religiosa e inúmeros outros, dificultando o desenvolvimento do senso crítico que respeite o outro na juventude.

Para saber mais
- Comandante do Exército fortalece discurso da reacionária ’Escola sem Partido’

E alimentando ideologias de direita, pró exercito e pró capitalismo, isso tudo para tentar impedir que a juventude se desenvolva como fator político da sociedade e que irrompa em manifestações e revoltas como em junho de 2013 e posteriormente nas ocupações de escola. Por isso a burguesia pretende aprovar projetos como esse que tentem disciplinar, oprimir e apagar o espírito contestador da juventude.

 
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