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MULHER E REVOLUÇÃO
Professoras e estudantes debatem a revolução russa e as mulheres na UFABC
Redação

Em comemoração ao centenário da Revolução Russa em 2017, uma série de atividades vem sendo realizadas em diversas universidades e espaços políticos em todo o país. Dentre estas, estão sendo organizadas mesas, simpósios, palestras, colóquios, cine-debates, lançamentos de publicações, além da vinda ao Brasil de importantes teóricos marxistas e historiadores do período da revolução.

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Na última quarta-feira (18/10) na UFABC o movimento estudantil organizou o debate: As mulheres e a Revolução Russa. Entre as palestrantes estavam a professora Suze Piza (BLF/UFABC), Maíra Machado ( grupo de mulheres Pão e Rosas), Érika Andreassy (MML-SP), Vera Cotrim (FAPSS), com coordenação de Sara Lorena (CABCH/DCE).

Foi possível explanar um pouco do significado deste importante período histórico em que luta pela emancipação das mulheres era uma das demandas fundamentais do partido bolchevique e como as mulheres russas foram a linha de frente da maior revolução da história. Um dos pontos apontados no debate foram os avanços conquistados no período logo após a revolução na Rússia, um país extremamente atrasado, em que foi possível a socialização do trabalho doméstico através de lavanderias, restaurantes e creches públicas garantindo a participação da mulher na esfera pública. Foi dada ênfase na importância de se pensar como deve ser a criação dos filhos e de como esta ser refletida coletivamente, a questão da exploração do trabalho doméstico para a mulher, se a tecnologia seria ou não uma forma de reduzir este trabalho capaz de enclausurar a mulher e limitá-la da participação política e coletiva.

Foi esmiuçada a questão das contradições entre a vida da mulher e a condição material, em que o Código de Leis buscava garantir a facilitação do divórcio e relação com os antigos e atuais cônjuges, a reflexão sobre o amor livre. Assim como o questionamento de seria na atualidade se conquistássemos os direitos que as mulheres conseguiram durante o período revolucionário e se os direitos por si só bastariam, como precisaríamos nos desenvolver humanamente para que estes direitos possam ser plenos.

Surgiram importantes questionamentos do que seria o patriarcado e quais seriam as razões e o significado do avanço do stalinismo. Foi possível apontar que este fora o grande limitador do avanço do processo revolucionário na Rússia, como com a revolução somente 1/10 do que era necessário socialmente fora conquistado, restando ainda 9/10 para lutar, o quanto Stalin foi criando formas de retroceder todos estes direitos arduamente conquistados, a brutalidade de sua política capaz de perseguir e matar os revolucionários, ir atrás de Trostky no México e exterminá-lo.

Por fim, o debate foi um importante espaço de reflexão para que pensemos não somente os desafios que se colocam para as mulheres na atualidade, mas também como estes avanços femininos foram possíveis na história da humanidade com uma política correta e duros enfrentamentos, em que as mulheres estiveram na linha de frente e como tirar importantes lições deste processo. Como diria o próprio Trotsky : É preciso enxergar a vida com o olhar das mulheres!

 
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