Professora do ensino fundamental, Priscila escreve que “[tem] vivido nos últimos dias o limite de [suas] angústias” e que por trabalhar na rede privada não tem garantida “estabilidade ou renda suficiente para arcar com [sua] subsistência e de uma criança” pois “conta apenas com a ajuda física e financeira do Cesare”.
Priscila ainda enfatiza o empenho dela e de Battisti em assegurar que o filho, de quatro anos, “se desenvolva como uma criança confiante e segura emocionalmente, atendendo aos cuidados necessários de saúde, educação, lazer, bem como, garantir-lhe o direito à convivência em um lar amoroso e harmônico”. E reforça os prejuízos e traumas que essa situação delicada já vem trazendo à formação de seu filho que “é apegado a presença paterna, a brincar juntos, fazer suas refeições, dormir, ser levado à escola pelo pai (...)”.
Ela conta que a ameaça de extradição de Cesare a tem angustiado muito, pois “faria com que vivêssemos praticamente um luto” e traria danos irreparáveis ao filho que “tem fortes laços fraternos com seu pai”. Battisti já afirmou que não levaria sua família para a Itália, pois “significaria afastá-lo de sua cultura e de seus afetos”. Ao final, humildemente, Priscila apela ao direito de seu filho “poder crescer num lar amparado por ambos os pais”.
Na terça-feira, dia 24 de outubro, o STF julgará o mérito do pedido de habeas corpus da defesa de Battisti. Um julgamento desfavorável é o que o presidente ilegítimo Michel Temer precisa para poder extraditar Cesare Battisti, desdenhando dos apelos de uma mãe e arrancando o direito ao desenvolvimento saudável de uma criança.
VEJA E ASSINE AQUI A PETIÇÃO PÚBLICA CONTRA A EXTRADIÇÃO DE CESARE BATTISTI
Abaixo a carta na íntegra:
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