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CINISMO
Gilmar Mendes ironiza trabalho escravo dizendo que ser ministro também cansa
Virgínia Guitzel
Travesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC

O ministro Gilmar Mendes, atual presidente do TSE, entrou na polêmica sobre a publicação de uma recente portaria que modifica os critérios para definir trabalho escravo, comparando sua vida de privilégios à de um trabalhador, amenizando o trabalho escravo.

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Cada dia fica mais claro que o golpe institucional ocorrido no início de 2016 tinha como intenção acelerar os ataques a classe trabalhadora e os setores oprimidos. Mesmo após as reformas aprovadas pelo Congresso Nacional, que já significam um grande ataque de retiradas de direitos para o conjunto da classe trabalhadora, o Congresso Nacional aliado ao presidente golpista Michel Temer mostram que não estão satisfeitos. Muito pelo contrário, reforçam todo o tipo de preconceito e opressão para além de super explorar, também humilhar e submeter as mulheres, negros, LGBT e indigenas a piores condições de vida.

Gilmar Mendes não faz ideia do que é a vida de um trabalhador. Pelo contrário, ele junto aos seus comparsas são parte desta casta de políticos que vivem de privilégios e que a cada semana geram um novo escândalo seja pela impunidade de corruptos como o caso de Aécio ou dos bancos.

Segundo o Estadão, o ministro teria dito: "Eu não tive tempo ainda de ler a portaria e terei de fazer a devida aferição. Esse tema é sempre muito polêmico e o importante, aqui, é tratar do tema num perfil técnico, não ideologizado. Há muita discussão em torno disso", disse o ministro.

Depois continuou: "Eu, por exemplo, acho que me submeto a um trabalho exaustivo, mas com prazer. Eu não acho que faço trabalho escravo. Eu já brinquei até no plenário do Supremo que, dependendo do critério e do fiscal, talvez ali na garagem do Supremo ou na garagem do TSE, alguém pudesse identificar, ’Ah, condição de trabalho escravo!’. É preciso que haja condições objetivas e que esse tema não seja ideologizado", completou Gilmar Mendes.

Tratar como brincadeira o trabalho escravo é na verdade lavar a cara de 250 capitalistas que lucram todos os dias sob a exploração desumanas. É ridículo tentar comparar o cargo de um Ministro ou um político a qualquer categoria de trabalhadores, afinal, que categoria de trabalhadores pode votar o aumento do seu próprio salário? Que trabalhador pode ganhar impunidade caso houver provas que estava desviando dinheiro? Que trabalhador recebe um super salário e ainda mais dezenas de auxílios para roupa, carro e viagens?

Por isso que é preciso uma grande mobilização contra essa chocante legitimação do trabalho escravo no país. É preciso uma verdadeira paralisação no dia 10/11, onde a classe trabalhadora mostre sua força e retome o caminho da greve geral para derrotar Temer, o Congresso Nacional e as prefeituras que querem seguir descarregando a crise em nossas costas. Exigimos também a revogabilidade de todos os políticos que não cumpram o mandato popular, que todo político ganhe igual uma professora, pelo fim dos privilégios dos políticos!

 
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