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PREFEITURA CAMPINAS
Jonas quer perdoar dívida milionária do imóvel da ACIC apesar do aumento no IPTU para a população
Alícia Noronha

O perdão desta dívida milionária será em torno do de pagamento do IPTU, que na semana passada os vereadores da cidade aumentaram para toda a população, além do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.

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O prefeito Jonas Donizetti (PSB) encaminhou para a Câmara de Vereadores projeto de lei que isenta a Associação Comercial e Industrial de Campinas de pagar uma dívida com o IPTU no valor de 3,3 milhões de reais. Mais precisamente: R$ 3.386.786,70. Tudo isso em meio a um aumento no IPTU recentemente aprovado.

Mais de um milhão dessa dívida está ligada a sonegação do IPTU por parte da ACIC. O argumento para aliviar a barra de uma sonegação milionária como essa é de um suposto caráter social da instituição. Um argumento que não serve aos trabalhadores da indústria campineira, por exemplo, ou mesmo os do comércio, que sabem bem o papel social de exploração que a associação cumpre. Aliás, a esses trabalhadores, quem realmente cumpre um papel vital para a cidade, não há perdão, mas aumento no IPTU.

Uma decisão ainda mais curiosa para um prefeito que vem parcelando o salário dos servidores, que diz não ter dinheiro para os hospitais da cidade que seguem sendo cada vez mais precarizados, onde até materiais básicos como uma gase vem faltando. É de se imaginar a diferença que esses 3,3 milhões fariam para os hospitais e funcionários da saúde de Campinas.

Leia também: Entre a precarização e a privatização: o drama do hospital Ouro Verde

Apesar desse cenário, o prefeito declara que essa arrecadação não faria falta no orçamento de Campinas, que significa muito pouco. Cabe a pergunta: significa pouco quem? Para o prefeito Jonas, que cortou recentemente dois milhões do hospital Celso Piero, será que com esse dinheiro não se deixaria de cortar o orçamento do hospital?

Uma coisa é certa, como a declaração de Jonas também deixa evidente. A isenção para a ACIC nos mostra para quem Jonas governa de fato. Com certeza não é para os trabalhadores e população de Campinas, porque os serviços para atendê-los ou mesmo as condições de trabalho dos servidores é deliberadamente secundarizada. Jonas isenta os comerciantes e indústrias, aumenta os salários dos vereadores e o seu, cria 99 cargos comissionados, enquanto a população segue sem saúde, educação, alimentação e moradia, alguns dos direitos mais básicos das nossas vidas.

 
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